OPINIÃO - ESCOLA CÍVICO-MILITAR É INCUBADORA DE FASCISMO
13/07/2023 - Jornal O Poder
Natanael Sarmento
Professor universitário.
Dirigente do partido Unidade Popular
O dia 10 de julho de 2023 deve ser comemorado pelos brasileiros democratas e verdadeiramente patriotas: marca o fim da incubadora de fascistas chamada de “programa nacional das escolas cívico militar”, criado no governo do Capitão da extrema direita. Nós, educadores, respiramos, aliviados com o ato do governo Lula.
O FASCISMO É INIMIGO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA
O desiderato dessas incubadoras é formar desde tenra idade, a moda dos fascismo de Mussolini e Hitler, uma juventude envenenada nos ideais totalitários da extrema direita. Nada tem de compromisso com a educação. Nesse quesito, o governo fascista foi insuperável. Abriu escolas de tiros e os tais ninhos de lavagem cerebral. Nenhuma universidade ou escola regular foi criada em 4 anos de sucateamento do ensino, com cortes drásticos na educação, ciência e tecnologia. Cultores da ignorância, da Terra plana, do Jesus da goiabeira, pois reinam nesse pântano. Não temem os muitos pobres e miseráveis presas fáceis de manipulações ideológicas, temem sim, os pobres capazes de pensar, criticamente. Doutrinam o fascismo e acusam a educação crítica libertadora de “doutrinação”. Pulhas ideológicas!
AS SERPENTES SE AGITAM
Eduardo Bolsonaro, um semi-ágrafo, compara professores aos traficantes. O pai atacava as universidades como locais de drogas. A família entende de drogas e tráficos, não de escolas e universidades. Afinal não foi nas escolas que prenderam os 30 Kg de cocaína do avião da FAB da comitiva “presidencial” e dos 300 kg da igreja, no dizer do Barão de Itararé: “adeus, pátria e família!”
O general Mourão considera retaliação. Reação esperada do fascista, afinal, ele e toda alta oficialidade das forças armadas foram formada na incubadora superior do fascismo, a ESG – Escola Superior de Guerra. Criada na esteira da Guerra Fria, em 1949 a mando do governo Norte Americano, sob a doutrina de Segurança Nacional e do anticomunismo. Do nacionalismo de fachada desses entreguistas “O que é bom para os EUA, é bom para o Brasil”, lembram, a escancarar o país à exploração do Império do Norte, aumentar a dívida externa e a dependência, liquidar o patrimônio nacional e desfilar com bandeirinhas verde-amarelas. O governo Bolsonaro reduziu em 2021 quase 5 bilhões do orçamento do MEC. Fatos valem mais que palavras. Fascistas não têm compromissos com a educação. Investiram na doutrinação, na manipulação para formar soldadinhos de chumbos acéfalos incapazes de pensar. Para seguir como boiada os disparates e absurdos de líderes estúpidos quais Hitler, Mussolini, Franco, Salazar, Bolsonaro et caterva.
MAIS EDUCAÇÃO E REPEITO AOS PROFESSORES
O Brasil tem quase 180 mil escolas públicas. Menos da metade – entre 6% a 50% - com tempo integral. Falta material, estrutura, professores e estímulos para formar as novas gerações que o Brasil necessita para enfrentar os enormes desafios da era digital e tecnológica da século XXI. Sob pena de passarmos do fazendão de café ao fazendão da soja. Permanecer na eterna dependência e atraso de forças produtivas.