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“Quero ser marajá”, artigo, por Malude Maciel*

09/01/2025 -

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"Quero ser marajá"

Na sala de aula, um aluno com 11 anos de idade, recusava-se a efetuar a leitura sob desculpa cretina de que não sabia ler, quando era visível seu desinteresse, acomodação e preguiça de fazer qualquer atividade. A professora, procurando encorajá-lo a sanar talvez alguma espécie de timidez, começou incentivando-o a ler em público, a falar alto e bom som, com confiança e segurança e, nessa tarefa de despertar interesse pelo sadio hábito, utilizou vários argumentos, inclusive mencionou que haveria um futuro promissor para aquela criança se houvesse dedicação à leitura, alegando entusiasmada, que dali poderia sair grandes homens como professores, vereadores, perfeitos, deputados, responsáveis diretos por mudanças no país, até mesmo um presidente da república. Porém, mesmo diante de tal suposição, o aluno permaneceu firme no seu propósito e não se dando por vencido saiu-se com essa: "Que é isso, professora? Quando eu crescer quero ser marajá que ganha uma nota sem fazer nada."

Fato chocante

A professora ficou aturdida na ocasião deparando-se com um fato chocante, mas totalmente baseado na realidade brasileira, que as crianças bem o percebem, tomam conhecimento, acompanham e tiram suas conclusões lógicas. Ela compreendia perfeitamente que o mau exemplo e a divulgação, principalmente pela televisão, contamina com rapidez e corrompem as mentes, especialmente em se tratando de garotos em fase de formação.

Material incutido

Então se pergunta: o que assistem os menores, diariamente, em seus próprios lares, pelos meios de comunicação, como: jornais, revistas, rádios, televisores e especialmente internet. Qualquer pessoa pode constatar que existe uma promiscuidade geral nas programações televisivas onde os vilões são proclamados heróis e personagens mau caráter aplaudidos e famosos.

Escritor e historiador

Nelson Barbalho, historiador mor de Caruaru a quem ele denominou de país, comentou em seus escritos: "É a televisão quem mais corrompe a mocidade. A TV é uma escola do mal e só ensina safadeza, violência, e requerimento ilícito, etc. Não há um só filme, uma só novela que exalte as virtudes, e o governo permite tudo isso e assim é o grande culpado pela corrupção dos costumes e da mocidade"

Concordo e acrescento que o mal deve ser cortado pela raiz, mostrar-se o erro e a correção para os mais novos acreditarem, facilitando a tarefa dos pais e educadores. É lamentável que os horizontes estejam tão obscuros para essa mocidade imediatista que poderá colher amanhã tremendos prejuízos.

Espiritualidade

As religiões eram respeitadas, levadas a sério, mas em nossos dias além de existir uma série de situações vergonhosas por todos os lados, esses erros são divulgados como exemplos a serem imitados por isso os jovens protestam não querendo nem ouvir falar em religião, leis, conselhos e proibições, pois sabem que são dois pesos e duas medidas e os adultos usam o lema: "façam o que eu digo, não façam o que eu faço."

Resta-nos apenas esperar que algo melhor aconteça, fazendo a nossa parte bem feita com fé para um milagre acontecer.


*Malude Maciel, Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras, ACACCIL

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