
Alimentação adequada é uma aliada a tudo inclusive da saúde mental
12/05/2025 -
Especialistas apontam a nutrição como peça-chave na prevenção e no tratamento de transtornos psicológicos como depressão e ansiedade. Saiba mais sobre um tema que interessa a todos.
Pandemia acirrou
O aumento significativo de casos de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais nos últimos anos, especialmente após a pandemia da Covid19, acendeu um alerta em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 1 bilhão de pessoas convivem com algum tipo de transtorno mental, sendo que o Brasil lidera os índices de ansiedade na América Latina.

Diante desse cenário
Profissionais da saúde têm destacado um fator muitas vezes negligenciado, mas com impacto direto no bem-estar psicológico: a alimentação. Estudos recentes mostram que uma dieta equilibrada pode ajudar tanto na prevenção quanto no tratamento de transtornos mentais. “A ciência tem mostrado que existe uma forte ligação entre o que comemos e a forma como nos sentimos. Nutrientes como ômega-3, magnésio, zinco, vitaminas do complexo B, vitamina D e alimentos fermentados desempenham papel fundamental na produção de neurotransmissores responsáveis pela regulação do humor”, explica o nutricionista da clínica Reconciliar, Alcides Caminha.
Minimiza riscos
Modelos alimentares baseados em alimentos e frescos, naturais e minimamente processados, livres de “farinhas brancas/glúten”, têm sido associados a menor risco de depressão e ansiedade. Já dietas ricas em ultraprocessados, açúcar e gorduras trans favorecem processos inflamatórios e desequilíbrios na microbiota intestinal. Fatores que impactam negativamente o cérebro.
Abordagem mais ampla
Além dos aspectos físicos, a pandemia reforçou a importância de uma abordagem mais ampla da saúde, com visão holística, voltada para a qualidade no estilo de vida. Alimentação, prática de atividades físicas, sono adequado e equilíbrio emocional formam juntos uma base essencial para o bem-estar. Nesse contexto, a atuação do nutricionista se torna estratégica não apenas para controle de peso, emagrecimento ou aumento de massa muscular, mas também para tratar deficiências nutricionais, muitas vezes subclínicas, oferecendo os nutrientes necessários para um suporte emocional e comportamental por meio da alimentação.
