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Milícias digitais em ação? por Natanael Sarmento*

09/06/2025 -

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Bolsonaro, Carla Zambelli, Valdemar Costa Neto, Nikolas Ferreira e outros albergados no Partido Liberal - PL preparam as tropas para a guerrilha digital. A extrema direita articulada internacionalmente recebe tutorias e apoios técnicos de plataformas digitais e, claro, todos são contra a regulamentação do uso das redes virtuais. O primeiro “Seminário de Comunicação” do PL foi em Brasília, dias 20 e 21 de fevereiro. O segundo, em Fortaleza, dia 30 de maio passado.

“Tutti buona gente”

É do PL a maior bancada da Câmara Federal, com 99 deputados. Além de réus e condenados como o ex-Presidente, Costa Neto e a foragida Zambelli, 35 deputados respondem processos e outros tantos são investigados por corrupção, fraudes e outros crimes.
O Presidente da legenda Valdemar Costa Neto teve prisão decretada por porte ilegal de armas num processo, noutro, foi condenado a dez anos de prisão por corrupção e formação de quadrilha. A organização “partidária” que dirige recebeu a maior fatia do fundo eleitoral 886,8 milhões, dados TSE. Partidos são indispensáveis à democracia, a Constituição e as leis impõem regras de constituição e funcionamento. A democracia brasileira financia essa organização que prepara abertamente ataque e golpes contra o regime democrático e as instituições republicanas.

Atentados

Caciques e lideranças do PL atentam continuadamente contra a democracia e violam o Art. 17º da Constituição. O engavetador ou Procurador Geral com ouvido de mercador faz vista grossa e a ordem democrática ameaçada de estupros e assaltos por quem acolhe como a noviça Viridiana do filme de Buñhuel.

Legalmente

Fatos públicos dispensam provas, em direito. Ações antidemocráticas de várias lideranças do PL são públicas e notórias. E continuadas. Participação nos preparativos e execuções dos atentados do 8 de janeiro de 2023. Atualmente clamarem por anistia enquanto preparam milícias digitais para manipular as eleições do próximo ano. Haja vista o tutorial das milícias digitais de Fortaleza, denominado de “Encontro de Comunicação Digital”.

E o palhaço, quem é?

O circo foi montado no Centro de Eventos da capital cearense. Participaram ativistas, influenciadores digitais, assessores parlamentares e marqueteiros e a cúpula do PL com a presença do Bolsonaro, claro.
Costa Neto tropeçou na sua fala desconexa, abusou de expressões que desconhece “flopou” e “stalkear” com a naturalidade de um elefante na corda-bamba, esnobou expertise: “se alguém não entende o que eu falei, está no lugar certo para aprender.”
Por sua vez Bolsonaro repetiu falácias sobre a “liberdade de expressão” e voltou a atacar o STF. Com seu proverbial destempero cometeu gafe caracterizada como crime de lesa-pátria, ao se referir a certo “país da parte norte da América” para intervir e “acabar com essa palhaçada do STF” e concluir: “ainda bem que as big techs estão do lado certo”.

Aulas prática

O PL formalmente promove os seminários. Mas os protagonistas são as plataformas digitais que foram representadas: Meta, por Felipe Ventura; Google por Ricardo Vilella e CapCut pelo triunvirato Jhon Henrique, Vitor Reels e Dan Maker. Trabalho conjunto na formação de milícias digitais. Dão tutoriais à base política operativa, aos milicianos, para orientá-los a usar e otimizar das técnicas das big techs. Bolsonaro e Michelle são produtos publicitários no simbolismo do projeto da extrema direita.

Mapa da mina

Os tutores das plataformas desenham o mapa da mina. Para automatização de vídeos e uso da inteligência artificial – IA. Sem riscos. Conteúdo enviesados e falsos podem ser impulsionados em milhões por robôs, nas mensagens do WhatsApp. Podem gerar business e podcasts com vozes artificiais, sintéticas. A difusão de conteúdos políticos nas redes tratada não falou de programes e metas e de governos, mas de ataques a adversários. Podem fazê-los sem preocupação com responsabilização civil e criminal. Na era digital devemos atualizar a frase dos navegadores “não existe pecado debaixo do Equador” para não “há pecados nas nuvens digitais”.

Vale tudo

Sem a regulação as plataformas e milícias não correm qualquer risco ainda que massifiquem desinformações e fake News. A extrema direita debate o uso e abuso dessas ferramentas, abertamente. As plataformas “neutras” disponibilizam toda tecnologia com boa vontade em relação ao PL bolsonarista. Na semana passada a Meta retirou do ar, sem satisfação alguma, a página virtual do Jornal a verdade com 100 mil seguidores. Página de defesa dos trabalhadores e do socialismo não está em conformidade com as diretrizes da Meta. Onde fica a apregoada “liberdade de expressão”, para não ser regulamentada, é de mão única?
Internacional

A direita fascista se articula organicamente com as plataformas, mundialmente. Em vários países, sem qualquer regulamentação. Juntam-se aos monopólios bancários, industriais, agrícolas, comerciais e serviços do núcleo da burguesia mais reacionária e devastadora do planeta. Desestabilizam governos progressistas e democráticos. Fortalecer governos e partidos fascistas e neonazistas.

Até quando?

Os golpistas fascistas abusarão da liberdade e da democracia? O PL do Bolsonaro, Zambelli, Rogério Marinho, Valdemar Costa Neto, André Fernandes e Carmelo Neto, conspira e blinda as plataformas no Congresso Nacional para impedir a regulamentação. Mascarados na “liberdade de expressão” mobilizam e treinam milícias algorítmicas e da IA. O final trágico desse espetáculo do avanço do nazismo e do fascismo em face da debilidade das democracias e subestimação das forças democráticas, a humanidade conhece bem. Mas, não bastam as aulas da História se abundam analfabetos políticos e “pescadores de águas turvas” aqui e alhures.

*Natanael Sarmento é professor e escritor, do Diretório Nacional do Partido Unidade Popular Pelo Socialismo – UP.

NR - Os artigos assinados expressam a opinião dos seus autores. O Poder estimula o contraditório e acolhe inclusive opiniões divergentes de sua linha editorial. Todos as instituições e pessoas citadas nas matérias têm o mais amplo direito de expressar suas versões, que serão acolhidas sem protocolo.

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