
A guerra de Trump atinge o 'novo capitalismo' e destrói o 'socialismo de mercado '
23/04/2025 -
Por Jarbas Beltrão*
Recebo de um amigo um um texto assinado por uma pessoa de cujo sobrenome começa com M..., a propósito da atual guerra comercial que ficou, momentaneamente, reduzida ao patamar desejado por Trump e seus assessores, isto é, embate entre os dois gigantes do mercado global: China x EUA. O texto tem o seguinte título: "O Presidente Trump tinha razão, as tarifas dos EUA, estão colapsando a classe média chinesa". A autoria do artigo, afirma que: "A guerra comercial não acabou, ela apenas entrou em sua fase mais decisiva, e, reporta que cerca de 200 mil empresas chinesas, um cálculo subestimado, por abranger apenas grandes cidades, e com citação de uma matéria do ZeroHedge. Isso numa contabilidade reduzida é retrato de uma verdadeira tragédia: 20 à 100 milhões de empregos sumiram ou estão em vias de desaparecer. Atinge aquilo que se chama o coração da "classe média chinesa", imaginem, um país comunista conseguiu "formar" uma classe média, não grudada diretamente à estrutura do Estado, PQP, a mão de obra chinesa vai ser levada por um furacão de desempregos.

Dumping econômico
M... vai mais adiante, e revela na sua matéria as práticas chinesas irregulares para "baratear" produtos "made in China" ( hoje falam em "Design in China") de "dumpping econômico" com financiamentos do Estado/Partido comunista, com acréscimo de uso de um mão de obra barata até chegando às fronteiras de trabalho análogo à escravidão, caso da exploração de trabalhadores dos campos de concentração dos "Uigures", nas fronteiras do Cazaquistão; Uigures são nacionalidades do centro da Ásia e, de religião Islâmica,
estão submetidas a trabalhos indignos, e somam
mais de 10 milhões de semi-escravizados nos "gulags chineses", sofrem às maiores humilhações, descritas no livro: " Fuga do Inferno", de autoria de Sayragui Sauytbay e Alexandra Cavelulus. Conseguiram fugir dos campos de concentração, hoje vivem em Londres como professores e palestrantes.

O "comunocapitalismo" chinês
Faz lembrar muito do capitalismo europeu do Séc. XVIII e XIX. Sem legislação trabalhista, previdenciária e ambiental, e, exaustivas 12 à 14horas de trabalhos forçados, que levam muitos à morte e invalidez.
OMC
O óbvio é denunciado por nossa autora que citamos inicialmente, M... ; EUA perdeu nas trocas comerciais, resultando, para os "States": de desproporcional deficit formado no país, então produziu-se desemprego, desaparecimento de empresas, perdas no tabuleiro do jogo geopolítico; quanto a China um "superavit crônico" de 3 décadas e crescimento científico/ tecnológico produzindo e vendendo pro mundo, trazendo 150 países para seu controle financeiro, comercial, econômico e geopolítico, a isso o PCCh chama de "economia socialista de mercado" ( mercado global) , também, "socialismo de características chinesas" ou "socialismo do século XXI, tudo com aplauso das elites gobalistas e dos socialistas "mectrefes" do restante do mundo.
Outras irregularidades do socialismo chinês.
Quanto às irregularidades, somamos ao já denunciado, as práticas de desrespeito às regras da OMC - Organização Mundial do Comércio, quando a China entrou nos primeiros anos do Século XXI; essas práticas ilegais denunciadas por M... , devem ser acrescidas com os roubos de propriedade intelectual e piratarias. Hoje, acontecem embargos de produtos chineses depois de denúncias de irregularidades; o PCCh dcomandando as empresas chinesas, promove maquiagens de produtos que, rendo sofrido sanções, envia alguns desses produtos para a vizinhança socialista, por lá com os camaradas, mudava-se as etiquetas e certos traços e, os artigos são levados aos mercados, o "dragão vermelho" então, se beneficia/beneficiava, e deixa muitos desses benefícios para os filhotes vermelhos. Como resultado, citamos a riqueza de Singapura , hoje tem padrão de vida melhor que quaisquer país europeu e supera os EUA em muitos ramos da eletrônica e transporte público.
As drogas
O texto da M..., avança para uma matéria que uma esquerda, que quer parecer ética, tenta esconder, o caso da "Fentamina" droga produzida na China, exportada para México e Canadá e, é, base de produção de outras drogas letais, que destroem a juventude americana e ocidental. O "Lourão" não esqueceu, pediu a Xi Jiping que reprimisse a produção dessa base para outras drogas; o homem forte da China - que está, hoje, resgatando o líder Mao Tse Tung, chefe de bandoleiros, e carniceiro das montanhas chinesas, segundo Jung Chiang e Jon Holliday , professores da Universidade de Londres, ela nascida na China, ele nascido em Londres, no livro, "Mao, a história desconhecida" - reagiu da seguinte forma, "é problema doméstico dos EUA, nada temos à ver".
Estratégica de Trump é ação mais que econômica
A estratégia econômica de Trump é mais que econômica, pensada até antes de seu primeiro mandato, agora exercitada, é, na verdade um mix de ações com resultados esperados no médio e longo prazo que poderíamos, afirmar: além, muito além de desarrumar a Ordem econômica existente - formada a partir dos anos 1980 - que foi fazendo a migração da economia ocidental ( "capitalista") para o extremo Oriente asiático, favorecendo, principalmente, um "capitalismo de grupos de interesses" formado a partir da China, com a associação de capitais de grandes corporações ocidentais e a associação com tecnoburocracia do Estado/Partido Chinês.
Adiamento temporário e Dólar
Depois de definir as novas tarifas para o "comunocapitalismo" asiatico asiático , Trump, deu um "recuo", aconselhado por assessores, de noventa dias de adiamento para os "protetorados" chineses ( os vizinhos) o que representa um espaço aberto para negociações. Quanto a China, serão aplicadas tarifas de até 145% e já há ameaça prá ir à 245% , ou a opção de negociações.
O "Lourão" vai criando situações, também, de desvalorização internacional do dólar o que se constitui em arma- incentivo de retorno do capital norte-americano para, na verdade, aquele que é o maior e mais rico mercado consumidor do mundo, EUA; enquanto isso o maior credor da dívida americana-- China- vai assistindo a desintegração de suas reservas em títulos americanos.
Remédio amargo, para o socialismo maquiado com cosméticos capitalistas ocidentais. George Soros, Klauss Shwab, Fórum de Davos e Clube de Bilderberg ( Associação de trilhonários) deverão pensar em novos laboratórios sociais; o "Lourão" mexeu com o planos de grupos globalistas. Agora Xi Jiping, deverá consultar Deng Shao Ping ( no além) que afirmava, no início do "milagre chinês": "não interessa a cor dos gatos importante que cace ratos", agora, os gatos seguem o caminho da volta, os ratos sumiram.
Encruzilhada
M... , encera seu trabalho, com a seguinte afirmação:
"Estamos, enfim, numa encruzilhada decisiva: Se Davos (Fórum Mundial, Agenda 2030, The Great Reseat) vencer, veremos o retorno do Totalitarismo, através de: vacinas obrigatórias, despovoamento planejado e um Ocidente sem alma. Se Trump vencer, o Ocidente voltará a crescer, mesmo com inflação, mas com liberdade, produção interna e soberania nacional restaurada" (...) "O jogo começou, Agora é com o mundo: ou escolhem a liberdade ( para crescer) ou aceitam ser governados pela tirania travestida de progresso. Por fim nos resta o reconhecimento, vez que vivemos numa era de pós-verdade, que ds lugar ao cenário "trans" "homens são homem, mas imaginam ser mulheres" e vice versa. O cenário nos revela, "no sudeste asiático, criou-se novas fronteiras do capitalismo, mas, imaginam que são socialistas"
Tenho dito
Degustando um bom "Pinot Noir" chileno, no buncker de Gravatá.
*Jarbas Beltrão é Historiador e professor de História da Universidade de Pernambuco - UPE.
NR - Os textos assinados expressam a opinião dos seus autores.
