Não adianta tentar esconder. O tema 'insegurança' está presente em todas as conversas, nos mais diversos ambientes. Uma sequência de episódios violentos e a ousadia dos bandidos tem levado a população a se sentir desprotegida. E ao sentimento de que o caminho é o protesto, para tentar tirar as autoridades da área da aparente inércia ante a escalada do crime, organizado ou de livre iniciativa isolada dos bandidos.

Novas modalidades

Quando o assunto é levantado, cada qual tem 10 histórias para contar que não estão na mídia, nem nas estatísticas. Ontem, dominava a conversa na Zona Sul do Recife a antiga/nova modalidade adotada pelos bandidos para evitar a identificação pelas câmeras de segurança. Agem de moto, com as placas adulteradas ou encobertas. O rosto, sob os capacetes, são cobertos por máscaras, com olhos e bocas desenhados em material aderente, que deforma as feições originais e praticamente impossibilita a identificação. E torna a ação policial inoperante: nenhum juiz concede prisão baseado em imagens tão indefinidas como as captadas nas câmeras. Um verdadeiro passe livre para a bandidagem.

Correr atrás

Os bandidos surgem do nada e abordam as pessoas rapidamente, muitas vezes com violência. Arrecadam celulares, bicicletas, veículos diversos, pertences em geral. E somem. As vítimas olham para um lado e para outro. Nada de polícia, nada de apoio. O sentimento que se alastra geometricamente é o de abandono.

Protesto

Algo comum em outras capitais, os protestos de moradores pedindo segurança estão chegando às ruas da capital pernambucana. Ainda timidamente. Hoje, foi uma certa 'Organização Moradores Unidos do Ibura' que convocou. Se nada for feito, amanhã, quem sabe?