O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na noite de ontem, 28/05, que não foi discutir a revogação do decreto que aumenta a alíquota do IOF em reunião com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Haddad disse que explicou aos presidentes das Casas a medida do governo e as eventuais consequências se uma revogação fosse tomada. Por exemplo, contingenciamento adicional. A declaração foi dada em entrevista coletiva após o encontro. A revogação total do decreto pelo governo é um pleito que vem crescendo dentro do Congresso por parte do centrão e da oposição. Hugo e Alcolumbre também já criticaram duramente a iniciativa do governo de aumentar o IOF.

Fala Haddad

“Não vim discutir a revogação, porque o que está sendo discutido é a revogação pelo Congresso”, declarou Haddad. Ele indicou que o governo não pretende, no momento, mexer mais no decreto sobre o assunto. “No momento não há decisão tomada sobre o decreto”, prosseguiu. Questionado se já não haveria alguma alternativa, ele disse: “Neste momento? Não”. Haddad disse que “fizemos a correção necessária para aquilo o que foi alterado”, em referência ao recuo parcial do governo. Questionado se o Legislativo iria derrubar o decreto, Haddad respondeu que é uma “atribuição do Congresso”. O ministro relatou que foi feito um pedido na reunião para que a equipe econômica apresente ao Congresso “medidas de médio e longo prazo mais estruturantes”. Haddad e os presidentes das Casas devem voltar a se reunir depois da semana que vem, porque a agenda interessa ao governo também, ressaltou o ministro.