
Brinquedo de Guerra - Poema, por Romero Falcão*
02/06/2025 -
Bomba, fome, em Gaza
desgraça na telona, na telinha
no confortável sofá de casa
Segunda Guerra, Holocausto
não aprendemos nada?
matar virou brinquedo de guerra
Pipas da morte no céu da Ucrânia
Tecnologia em brilho fatal
estrela que explode, o drone
sobre meu poema covarde, infame
Por que não me revolto
com o massacre atual?
Inerte, controle remoto
me vejo máquina do mal
O que fazer, Armagedom?
se permaneço calado, acomodado
Quem me dera o "vácuo atormentado" de Drummond
*Romero Falcão, cronista, autor do livro: Asas das Horas, com prefácio do Prof. José Nivaldo
