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Novo remédio oferece esperança contra câncer de mama agressivo
02/06/2025 -
Um novo estudo a ser apresentado hoje, no Congresso Anual da ASCO, em Chicago, nos EUA, promete inovar o combate a um dos tipos de câncer de mama mais agressivos, o HER2-positivo. O novo protocolo de tratamento se mostrou mais eficaz que o indicado como padrão.
O que é o subtipo HER2-positivo?
Os tumores HER2 positivo correspondem a 20% dos cânceres de mama e, ao contrário dos outros subtipos, não se alimentam de hormônios. O tratamento principal não é cirúrgico, mas uma combinação de quimioterápicos. Os dados do estudo 'DESTINY-Breast09', de fase 3, última antes da aprovação de um medicamento, mostraram superioridade clínica da medicação trastuzumabe deruxtecana, 'Enhertu', em combinação com pertuzumabe, frente ao padrão atual usado há mais de uma década, que é taxano, trastuzumabe e pertuzumabe. A pesquisa indica que todas as 1.157 pacientes voluntárias que passaram pelo novo protocolo tiveram uma melhora significativa na sobrevida livre de progressão com o novo esquema terapêutico. O resultado positivo foi observado em todos os grupos analisados, incluindo pacientes com mutações específicas e diferentes históricos clínicos.

A medicação: 'Enhertu'
O 'Enhertu', desenvolvido pelas farmacêuticas AstraZeneca e Daiichi Sankyo, é um conjugado de anticorpo e droga que atua de forma precisa na proteína HER2, expressa nestes tumores. O medicamento funciona como um vetor de quimioterapia direta, fazendo que a medicação chegue à célula tumoral, reduzindo danos eventuais às células saudáveis e tornando a ação ainda mais efetiva nas células tumorais. No Brasil, 'Enhertu' já tem autorização para uso em fases mais avançadas da doença. Com os resultados do estudo, o próximo passo será submeter os dados às agências regulatórias, como a Anvisa, para avaliar a inclusão da terapia como opção inicial no tratamento da metástase.

Aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, nas mamas; Edema na pele, que fica com aparência de casca de laranja; Retração da pele; Dor; Inversão do mamilo; Descamação ou ulceração do mamilo; Secreção transparente, rosada ou avermelhada que sai do mamilo; Linfonodos palpáveis na axila.