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Fiocruz de PE registra patente de composto antiviral contra chikungunya
03/06/2025 -
Uma nova patente registrada pela Fiocruz Pernambuco marca um avanço na busca por tratamentos contra a febre chikungunya. A descoberta de substâncias capazes de inibir a replicação do vírus em testes laboratoriais pode representar um passo importante rumo ao desenvolvimento de um antiviral eficaz, um recurso ainda inexistente no combate à doença. Elas são chamas de compostos triazólicos conjugados com bases pirimídicas.

Projeto da estudante Melyssa Gabriely Silva
A pesquisa, que se destacou por apresentar baixa toxicidade celular e alta viabilidade, nasceu de um projeto de iniciação científica da estudante Melyssa Gabriely Silva, sob orientação do pesquisador Lindomar Pena, do Departamento de Virologia da Fiocruz. A síntese dos compostos foi realizada por um grupo da UFRPE, liderado pelo professor Ronaldo Oliveira, parceiro de longa data da Fiocruz em investigações sobre antivirais. Os testes in vitro mostraram que as moléculas atuam diretamente na fase de replicação do vírus chikungunya, impedindo sua multiplicação nas células infectadas, um resultado considerado altamente promissor pelos pesquisadores envolvidos. “Esses compostos foram pouco tóxicos para as células e muito eficazes contra o vírus chikungunya. A patente garante a proteção da propriedade intelectual dessa descoberta”, destacou Lindomar Pena.
Atualmente, não há medicamentos aprovados especificamente para o tratamento da febre chikungunya, uma doença que afeta milhares de pessoas em regiões tropicais, como o Brasil, e representa um desafio recorrente para a saúde pública.