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Opinião - As digitais da burguesia nas plataformas virtuais

06/06/2025 -

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* Natanael Sarmento

O jornal A Verdade define-se como “Jornal dos trabalhadores na luta pelo socialismo”. Circula há 25 anos, atualmente quinzenal e distribuição impressa nacional. Nesta folha defendemos o socialismo e assinamos artigos de opinião, com alguma regularidade. Fazemos denúncias e criticamos o capitalismo, mostramos as suas contradições, apontamos a saída da luta organizada dos trabalhadores para a sua emancipação e a necessidade de ser conquistar o poder popular e o socialismo.

Censura

No dia 5 de junho de 2025, a Meta suspendeu da plataforma Instragam a página do Jornal A Verdade, sem justificativa. A censura curta e grossa limita-se a dizer que a “página não seguia as diretrizes da plataforma”. Não mencionou as “diretrizes”, nem onde elas foram afetadas. Porque isso significava reconhecer a ditadura burguesa sob o manto furado da liberdade formal de expressão, sem sustentação material concreta.

Dono da bola

A máscara da “liberdade burguesa de expressão” caiu por terra. A Meta agiu como o dono da bola. Com a pelota debaixo do braço, escolhe quem joga e quando o jogo acaba.

Debate retomado

No STF e na sociedade o tema da regulamentação das redes divide opiniões. O governo Lula tem recebido duras críticas pelo empenho na regulamentação e responsabilização das redes digitais. Nesse particular, apoiamos o governo.

Sem materialidade

A Constituição brasileira estabelece: “é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato”, art. 5º, inciso IV. Na vida real essa “liberdade” segue a lógica da lei do dono da bola. O Instagram não mostra responsabilidade e tampouco maior controle sobre conteúdos de interesse da burguesia capitalista, quais manipulação de informações sobre privatizações, fake News, retiradas de direitos de trabalhistas e sociais de trabalhadores, opiniões da extrema direita e de liberais do “Estado mínimo”.


A plataforma

A plataforma é atingida em suas diretrizes quando atacamos o poder da burguesia e criticamos os crimes do capitalismo, a exploração, a degradação ambiental e as guerras imperialistas. Isso se afigura incompatível com a liberdade da Meta et caterva, afinal, os donos da bola decidem as regras, livremente.

Jogo pesado

O mundo conhece exemplos nefastos dos abusos nas plataformas digitais. Desestabilizações de governos, golpes de Estado, atentados terroristas quais a invasão do Capitólio nos EUA e dos Poderes em Brasília do 8 de janeiro.

Inversão da verdade

A verdade nua e crua morre de vergonha com os truques ideológicos da burguesia liberal ou fascista. Invertem os fatos no discurso. Bolsonaro disse que remeteu 2 milhões ao filho nos EUA que está defendendo a democracia no exílio americano.

O deputado

O deputado “licenciado” no exterior atenta contra a soberania e a democracia, os efeitos já começaram, por força da influência dos aliados fascistas do governo Trump. Plataformas digitais usam a “liberdade de expressão” para acumular capital e informações, formar opiniões. Não querem ser responsabilizadas, se colocam acima do bem e do mal. E conteúdos com apologias a crimes de pedofilia, racismo, homofobia, transfobia, incitação ao suicídio? Ficam na conta da “liberdade de expressão” da burguesia? Produtos e serviços circulam sem limitações no universo virtual. Meia dúzia de bilionários, oráculos da pós-modernidade, controlam o mundo.

Redes sociais uma ova

Redes sociais pressupõem interações recíprocas. Locais de sociabilidade. A interação virtual ou à distância não é horizontal, as plataformas panóticas a tudo abrange, captam, influenciam. Canais como Instagram, Facebook,Youtube, WathsApp, Telegram alcançam milhões de usuários em todo mundo. Influenciam opiniões, padrões e consumos, costumes, rumos de eleições. Debater a regulamentação e discutir os limites das plataformas virtuais é uma questão fundamental da democracia nos dias correntes.

Marco Civil

O marco civil da internet no Brasil (2014) limita-se à responsabilização das plataformas estritamente aos casos de descumprimento de decisão judicial. É pouco ou quase nada. A queda de braço está em curso. As consequências desse embate alcançam toda sociedade. Se prevalecer a imposição da força dos donos da bola, as frustrações e prejuízos serão bem maiores que a dos peladeiros dos campinhos de várzeas preteridos pelos donos da bola.


Natanael Sarmento é professor e escritor, do Diretório Nacional da Unidade Popular Pelo Socialismo – UP.

NR - Os textos assinados refletem a opinião dos seus autores.

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