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STF: Bolsonaro e mais 7 sentam hoje no banco de réus do plano de golpe
09/06/2025 -
O STF começa hoje, 09/06, o interrogatório de Jair Bolsonaro e outros 7 réus do “núcleo 1” da ação penal que apura um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. O interrogatório é etapa essencial da fase de instrução penal, onde são colhidas novas provas no processo. Ele será realizado presencialmente no plenário da Primeira Turma, a partir das 14h00. Os réus ficarão na 1a fileira da Primeira Turma do STF, e o ex-presidente será o 6o a falar. Jair Bolsonaro deve ficar frente a frente com o ministro Alexandre de Moraes durante o interrogatório,
Têm ainda o direito de ficar em silêncio
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, será o 1o a depor, conforme determina a legislação para réus colaboradores. Em seguida, serão ouvidos os outros réus em ordem alfabética. Eles serão questionados sobre sua vida pessoal e sobre se são verdadeiras as acusações que lhes são feitas. Entre as perguntas, devem estar questões sobre participação em reuniões para articular o plano de golpe, sobre a minuta de decreto que instalaria estado de exceção no país, e sobre incentivo à desconfiança nas urnas eletrônicas. Se negarem as acusações, os réus podem prestar esclarecimentos, indicar provas, apresentar sua versão dos fatos e rebater os elementos da investigação. Eles têm ainda o direito de ficar em silêncio caso a resposta de alguma pergunta possa lhes autoincriminar. Esse direito é assegurado pela Constituição. O interrogatório pode seguir até sexta-feira, a depender do tempo necessário para ouvir cada um dos 8 réus do núcleo.

Os réus que serão interrogados
Mauro Cesar Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no processo); Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin); Almir Garnier (ex-comandante da Marinha); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal); Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional); Jair Bolsonaro, ex-presidente; e Paulo Sergio Nogueira (ex-ministro da Defesa). Braga Netto, que vai depor por videoconferência por estar preso.