
Interrogatório - Ao STF, Garnier confirma reunião com Bolsonaro, mas nega minuta do golpe
10/06/2025 -
Ao ser interrogado na manhã de hoje, terça-feira (10/06), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier afirmou que participou de uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em que foi discutida a decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para questões de segurança pública.
Negou
Ele negou que tenha sido discutida uma minuta para tentativa de golpe de Estado. Em uma delas, em 7 de dezembro, Garnier confirmou que foram discutidas medidas de "garantia da lei e da ordem".
A declaração
A declaração aconteceu durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Afirmou
O ex-comandante também afirmou que não foi exibido nenhum documento sobre o assunto e que havia apenas uma "apresentação na tela de um computador".
“Quando você fala em minuta, eu penso em documento, em papel que é entregue. Eu não recebi esse tipo de documento”, complementou Garnier.
O terceiro
O ex-comandante da Marinha é o terceiro réu a ser interrogado pelo STF na ação que apura a trama golpista. Garnier, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi o único integrante das Forças Armadas a aderir ao plano de golpe.
Mais sete
Além do ex-comandante, o STF ouve nesta semana mais sete réus na ação sobre o plano de golpe. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi o primeiro a depor na segunda-feira (9) e afirmou que Bolsonaro recebeu e editou o documento da chamada “minuta do golpe”.
O segundo
O segundo a ser ouvido foi o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele negou que houvesse um grupo de trabalho que abordasse as urnas eletrônicas utilizadas no sistema eleitoral. (O Poder)