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Análise - Los Angeles ou los Diablos? por Natanael Sarmento*

11/06/2025 -

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O Presidente Donald Trump mobilizou forças da Guarda Nacional e fuzileiros navais para reprimir protestos contra sua política de imigração. O governador Gavin Nawson Califórnia reduto democrata trava queda de braço, mas ao cabo, engoliu o sapo da intervenção. As mobilizações policiais e os protestos se intensificaram. Na cidade dos anjos o Diabo anda solto. Confrontos violentos, prisões, incêndios.

Automóveis autônomos

Veículos “autônomos” em Los Angeles, equipados com censores e câmaras capazes de captar o ambiente e de tomar decisões no trânsito, quais velocidade, frenagem e direção, sem presença de condutor, com segurança e precisão dos algoritmos da base funcional da IA, são alvos dos incêndios.

Por trás do fogo

Nos moderníssimos automóveis os radicais incendiários buscam atingir o novo símbolo do poder americano: as grandes empresas tecnológicas. A maioria dos carros incendiados, embora não se tenha o número exato dos veículos atingidos, sabe-se que são veículos da Waymo do GroupAlphachabet dono da Google.

Desemprego

O sistema capitalista precisa do “exército de reserva” de desempregados isso é velho. A super-oferta da mercadoria trabalho rebaixa o valor ao mínimo necessário à sobrevivência e reprodução da força de trabalho. Nada de novo no front. De novo a nova onda de desemprego no tsunami da IA – inteligência artificial.

Avanços tecnológicos

Só trazem justiça social e melhoria de vida na retórica das classes burguesas dominantes, sem base na história social humana. Na Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX adubou o discurso liberal clássico, chegou ao XX e atual. O advento das máquinas e a produção em larga escala produziu tanta riqueza que o bruxo capitalista foi incapaz de controlar. O formidável avanço científico na produção dos bens da vida foi crescentemente apropriado por poucos, Monopolistas ricos industrias fazem a bíblica riqueza do rei Salomão parecer apurado de mendigo. Mas as relações de produção (capital explorador e trabalho explorado) não dançam no mesmo ritmo. As forças produtivas, continuamente revolucionadas e as relações de produção são engessadas. É o cerne da contradição fundamental do capitalismo e causa das suas crises estruturais, sucessivas, cada vez mais frequentes e prolongadas.

Ludistas

Foram o movimento operário inglês de protesto que usavam a tática de ocupar fábricas e destruir máquinas. Marx e Engels defendem, mais tarde que a classe operária conservem as máquinas que ela mesmo criou e que controle a produção e os mercados. Tomar em suas mãos os meios de produção e distribuição. Dessa forma se liquida a burguesia como classe, retirando-lhe o poder econômico e o político.





Revolução Virtual e da IA

Relatório da ONU calcula o impacto da IA no trabalho em 2025 em 40% dos empregados. Várias profissões vão desaparecer. Como na Revolução Industrial. Surgirão novos empregos. E se ampliarão as desigualdades sociais. Maior concentração de riqueza.

Precarização do trabalho

O aviltamento das condições de trabalho, com a supressão de direitos históricos – férias remuneradas, repouso semanal, 13º mês, previdência social, são abolidos nas lógicas capitalistas neoliberais hegemônicas, globalmente. A pejotização tem mil disfarces, arapucas ideológicas. Contratos de Pessoas Jurídicas, terceirizados, autônomos, “empreendedores” a fazer o entregador de pizza sentir como “patrão de si mesmo” pérola da ideologia dominante. Submetidos a jornadas extenuantes análogas à escravidão, estão pouco acima dos servo das glebas e bem abaixo do trabalhador formalmente contratado com o pessoa natural. Consciência de classe quem não tem pode adquirir. Não adianta incendiar carros ou destruir os robôs e IA que já assumem vários serviços e impactam ainda mais o desemprego. Os efeitos serão mundiais e desastrosos do avanço tecnológico no ultrapassado capitalismo. Este só produz a fome, as guerras imperialistas, a destruição ambiental, o desemprego. Insistir em salvar o capitalismo nos lembra a fábula do sapo e do escorpião que precisam atravessar o rio, a natureza assassina do escorpião a todos mata, até àquele que o protegia.

*Natanael Sarmento é professor e escritor. Do Diretório Nacional do Partido Unidade Popular Pelo Socialismo – UP.

NR - Os textos assinados expressam a opinião dos seus autores.



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