
Economia - Governo publica conjunto de medidas alternativas ao IOF; veja mudanças
12/06/2025 -
O governo federal publicou, na noite de ontem, quarta-feira (11/06), um conjunto de medidas relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), via decreto e Medida Provisória, voltado para recalibrar o imposto e aumentar a arrecadação.
As medidas
De acordo com o Ministério da Fazenda, as medidas foram acertadas entre o ministro Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de lideranças das Casas Legislativas.
Veja algumas das medidas:
Risco Sacado
Fim da alíquota fixa. Permanece apenas a diária de 0,0082%, o que representa redução de 80% na tributação.
VGBL e IOF
Até 31/12/2025, o IOF incide apenas sobre aportes acima de R$ 300 mil. Flexibilizada a verificação global de aportes em diferentes entidades. A partir de 2026, o limite sobe para R$ 600 mil. Contribuições patronais ficam isentas de IOF.
Imposto de Renda em Títulos Isentos
Nova alíquota de 5% de IR sobre LCA, LCI, CRI, CRA e debêntures incentivadas, que antes eram isentas.
Alíquota Única de IR
IR sobre rendimentos de aplicações será de 17,5% de forma única. Caderneta de poupança permanece isenta.
Apostas Esportivas
Tributação sobre o faturamento das bets sobe de 12% para 18%. Sem mudanças nos prêmios aos apostadores, IR ou CSLL das operadoras.
Pé-de-Meia e Educação
Programa Pé-de-Meia é incluído no piso constitucional da educação, garantindo sua continuidade orçamentária.
INSS – Atestmed
Alterações nas regras do serviço digital Atestmed para solicitação de benefícios por incapacidade temporária.
Previdência e Seguro Defeso
Compensação entre RGPS e RPPS passa a depender de dotação orçamentária. Critérios do Seguro Defeso são ajustados e também sujeitos a dotação orçamentária.
Anunciou
O governo anunciou, no final de maio, um bloqueio e um contingenciamento de cerca de R$ 30 bilhões para atingir a meta definida pela lei do arcabouço fiscal. Além disso, foi editado decreto com alta do IOF que previa arrecadar mais R$ 20 bilhões neste ano.
Resistência
A medida sofreu resistência do mercado financeiro e do Congresso Nacional, o que levou o governo a negociar uma MP alternativa ao decreto do IOF.
Contingenciar
Sem essa alternativa, o governo teria que contingenciar mais gastos federais neste ano, o que impactaria ainda mais o funcionamento da máquina pública, atingindo as emendas parlamentares dos deputados e senadores.