Segundo a prefeitura, até o dia 30/06, os carroceiros e animais serão identificados e contabilizados para serem inseridos em projetos de apoio, já que não poderão mais trabalhar dessa forma, e deverão passar por uma transição e atividade. A informação foi repassada, hoje, depois de uma série de tumultos realizados pelos carroceiros. Ao menos 6 pontos do Recife foram bloqueados e o trânsito teve um dia complicado. Os trabalhadores que usam carroças contestam uma lei, que determina a remoção de veículos de tração animal. A mobilização provocou retenções em importantes vias da capital, gerando congestionamentos e atrasos no deslocamento de trabalhadores e estudantes. Com faixas e cavalos, os carroceiros reivindicaram mais diálogo e assistência por parte do poder público, afirmando temer perder sua principal fonte de sustento.

Os carroceiros e animais usados para puxar carroças são alvo de um censo no Recife.

A prefeitura afirmou que "mantém o diálogo aberto com a categoria e destacou que o processo em andamento tem como foco o bem-estar animal aliado à proteção social dos trabalhadores". Aconteceram encontros com representantes de carroceiros e vaqueiros para discutir alternativas de renda e inclusão no mercado de trabalho. Ainda segundo o município, até o fim do censo, "os animais e as carroças estão apenas sendo cadastrados e identificados, sem qualquer apreensão. Cada equino receberá um microchip com número de identificação, enquanto as carroças ganharão um adesivo impermeável". Em agosto os que atenderem aos critérios estabelecidos poderão receber uma indenização pela entrega voluntária do animal e da carroça. "Além disso, os trabalhadores terão acesso a uma série de políticas públicas de apoio, incluindo cursos de qualificação profissional, programas de empreendedorismo, intermediação de emprego através do GO Recife e possibilidade de contratação para a equipe de limpeza urbana da Emlurb", acrescentou. A meta é oferecer "alternativas dignas e sustentáveis de trabalho".