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COP 30 — Evento dará continuidade ao debate sobre alternativas para ampliar a transição energética no planeta

18/06/2025 -

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Durante a 28ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Dubai (Emirados Árabes) em 2023, diversos países assinaram documentos já reconhecendo o papel da energia nuclear na transição energética para erradicar os gases de efeito estufa. E se comprometeram com a meta de triplicar essa geração de energia no mundo até 2050, de modo a fazer com que a Terra chegue até lá com significativa redução das emissões de carbono.

Para o coordenador de Segurança e Supervisão Independente da Eletronuclear, Marcelo Gomes, o compromisso exige muitas pesquisas, apoio político e será objeto de discussões na COP 30, a ser realizada em novembro, no Pará.

“Estamos vislumbrando para a próxima COP uma continuação desse movimento. Esperamos que a energia nuclear continue a ser reconhecida como fundamental na transição energética, porque o mundo precisa mudar sua matriz energética”, afirmou.

Transição energética

O especialista destacou, também, que o planeta precisa sair do combustível fóssil. “Esperamos que o mundo, em especial o Brasil, reconheça o papel fundamental que a energia nuclear tem para que possamos fazer uma transição energética num prazo rápido e conseguir mitigar os efeitos dos resultados climáticos que têm sido observados nos últimos anos”, acentuou.

Marcelo Gomes informou que a Comissão da ONU que discute a questão energética é vista como “uma ponte importante para trazer estabilidade ao sistema, permitindo a entrada de energias tanto renováveis, como energia solar, eólica e outras tantas, como a energia nuclear. “Essa nova perspectiva não acontece apenas no Brasil, mas em toda a Europa”, frisou.

O representante da Eletronuclear elogiou o evento realizado no Brasil na última semana, que abordou o tema. O encontro reuniu jovens especialistas de nove países — incluindo Brasil, Índia, China, Egito, Irã, Indonésia, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Rússia — para o 7º BRICS Youth Energy Summit (YEA),

A plataforma do BRICS consiste numa iniciativa do bloco econômico e teve como um dos principais destaques a estatal russa de energia nuclear Rosatom. “A Rosatom está oferecendo um ponto de intercâmbio de melhores práticas, de experiência no setor nuclear”, disse. “Ampliar esse tipo de intercâmbio é uma iniciativa muito boa”, elogiou.

O que são SMRs

Segundo ele, um dos destaques dos novos projetos em energia nuclear são os SMRs, que consistem em reatores nucleares de menor potencial, reatores modulares. “Até hoje, a indústria nuclear se baseou em reatores de grande porte, e a experiência demonstrou que essas usinas são excelentes. Mas são usinas muito caras, que exigem construções grandes. Então, de uns anos para cá a indústria vem desenvolvendo esses pequenos reatores”, informou.

De acordo com Gomes, tratam-se de usinas pequenas, que representam um quarto ou menos que o potencial de uma Angra 2, por exemplo. São reatores mais simples, mais fáceis de se construir, por serem modulares. “Você pode fazer produção de equipamentos para eles em série, colocando-os em vários lugares do mundo e são ideais para ficarem ao lado de grandes indústrias, como um datacenter ou um sistema mais isolado como áreas do Brasil profundo do Nordeste, do Centro-Oeste ou da Amazônia”, explicou

O representante da Eletronuclear também afirmou que o uso desses pequenos reatores é muito aguardado no mercado de inteligência artificial e data centers, que são outros grandes consumidores de energia. “Muita gente neste segmento está querendo vir para o Brasil, essas empresas querem ter um selo verde. E a energia nuclear é uma energia firme que tem tudo a ver com esse momento que tentamos buscar”, pontuou.

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