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Abin Paralela: Sistema de Espionagem custou R$ 5,7 milhões, aponta o relatório da PF
18/06/2025 -
Em relatório que veio a público hoje, a PF aponta que o programa de espionagem israelense "First Mile", utilizado supostamente para monitorar ilegalmente cidadãos e autoridades, custou cerca de R$ 5,7 milhões. "A contratação do sistema nos termos do contrato n.º 567/2018 [...] se deu ao custo de R$ 5.727.000,00", aponta o relatório da PF. "A motivação para aquisição foi seu uso prioritariamente na intervenção do Rio de Janeiro. Entretanto, os responsáveis pela contratação não enfrentaram a natureza real do sistema, bem como sua execução relegou medidas assecuratórias destinadas a evitar o desvio republicano da ferramenta intrusiva", complementa.
O sigilo do inquérito da Abin Paralela foi retirado hoje pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. De acordo com o STF, a decisão de retirar o sigilo "foi tomada após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial, que resultaram em matérias contraditórias na imprensa." A PF aponta os seguintes nomes como principais envolvidos: Alexandre Ramagem: apontado como líder operacional da estrutura criminosa na ABIN; Carlos Bolsonaro: tido como idealizador da estrutura paralela; Jair Bolsonaro: apontado como beneficiário direto das operações; e diversos policiais federais e servidores da ABIN: envolvidos na execução e blindagem da estrutura.