
Saiba como se prevenir do perigo da falsificação de Botox
20/06/2025 -
A busca por procedimentos estéticos menos invasivos e de resultados rápidos levou a toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox, a ocupar um lugar de destaque nas clínicas de estética brasileiras. Contudo, essa mesma popularidade tem atraído um problema alarmante: a entrada e disseminação de produtos falsificados no mercado nacional.
Segundo a especialista Ana Lacerda, produtos ilegais têm chegado ao Brasil por vias clandestinas, sem qualquer controle sanitário. “Os principais canais de distribuição são o mercado paralelo, redes sociais, sites não autorizados e até pessoas físicas oferecendo ‘promoções’ absurdamente abaixo do valor praticado por profissionais legalizados”, alerta. Essa banalização do uso da toxina, associada à desinformação, tem ampliado o risco à saúde dos pacientes.
Como identificar um produto seguro?
A especialista ressalta que o paciente tem todo o direito de exigir transparência do profissional. “Peça para ver a embalagem da toxina, o número de lote e a nota fiscal. Desconfie de produtos sem QR Code ou com erros de ortografia.” Entre as marcas seguras e autorizadas pela Anvisa estão Botox (Allergan), Dysport (Ipsen) e Xeomin (Merz).
Os perigos do produto falsificado
Aplicar uma toxina falsificada pode causar muito mais do que frustrações estéticas. Os danos à saúde podem ser irreversíveis. “Já acompanhei relatos de colegas que atenderam pacientes com paralisia muscular, infecções, queda de pálpebra, assimetrias severas e até necrose. O barato pode sair muito caro — e, infelizmente, definitivo”, alerta Ana.

Aplicações só com profissionais habilitados
A aplicação de toxina botulínica é um procedimento de saúde e deve ser realizado por profissionais devidamente capacitados e registrados, conforme determina a Lei Federal nº 13.643/2018. “Conhecimento anatômico, técnica e avaliação individualizada são cruciais. Aplicações feitas por curiosos ou em locais sem estrutura são um risco grave”, reforça.
Critérios para uma escolha segura
Na hora de escolher onde realizar o procedimento, o paciente deve observar critérios básicos de segurança: registro da clínica, formação do profissional, apresentação da nota fiscal do produto e higiene do ambiente. “Desconfie de locais improvisados, sem CNPJ ou que oferecem preços muito abaixo do mercado”, recomenda.

Clínica estruturada é sinônimo de segurança
Mais do que um ambiente bonito, a clínica precisa oferecer estrutura adequada e protocolos individualizados. “Cada rosto é único. É por isso que o atendimento deve ser personalizado, com avaliação prévia, planejamento e acompanhamento pós-procedimento. Só uma equipe treinada garante esse cuidado”, afirma Ana.
O valor do autocuidado
Ana Lacerda deixa um recado direto ao público: “A estética não pode ser tratada como consumo comum. Estamos falando da sua saúde, da sua autoestima. A toxina botulínica pode ser uma aliada incrível, mas apenas quando usada com responsabilidade, por mãos qualificadas e com produtos verdadeiros.”
A beleza, afinal, começa com escolhas conscientes. E quando o assunto é o seu rosto, sua imagem e seu bem-estar, a única decisão sensata é investir em segurança e qualidade.
Mais informações via Instagram @esteticaavancadaal