
Comece o dia bem informado
Integrantes da diplomacia brasileira: péssima infraestrutura atrasou resgate. Família: Juliana merecia muito mais!
26/06/2025 -
Integrantes da diplomacia brasileira avaliam que é difícil afirmar neste momento que houve negligência no resgate de Juliana Marins, morta na Indonésia após cair em uma trilha no Monte Rinjani. A brasileira ficou 4 dias sem comida, água e abrigo após deslizar em terreno íngreme na costa de um vulcão. Segundo um importante interlocutor, a falta de infraestrutura e de instituições governamentais no local, impediram um atendimento rápido.

Diferença cultural sobre resgates
Esse interlocutor ressaltou que Juliana estava em um arquipélago com 14.000 ilhas, bastante pobre e desorganizado. Apesar de ser um destino turístico, Lombok, onde Juliana morreu, não possui recursos adequados para oferecer missões de resgate com prontidão. Um outro integrante do governo, da Embaixada do Brasil em Jacarta, fez tudo o estava ao seu alcance em contatos com autoridades indonésias e acompanhou todos os passos das buscas. Ele argumenta ainda que existe uma diferença cultural sobre resgates desse tipo. No Brasil, há um justificado senso de urgência para salvar a vida de um desaparecido, com cobrança a autoridades. Em outros países, por outro lado, atribui-se uma maior responsabilidade ao turista que resolve fazer uma trilha com grau elevado de risco.
O Itamaraty não comentou oficialmente a manifestação da família da jovem niteroiense, que publicou uma mensagem nas redes sociais, acusando negligência na operação de resgate da jovem.

Segundo os familiares, se o socorro tivesse chegado dentro do prazo estimado de 7 horas, a jovem ainda estaria viva. Eles afirmam: "Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva. Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!"