No princípio, já redeira
Nessa profissão, pioneira
Da arte de tecer, hábil, a rede
Dessas terras fez sua sede

Desde os tempos imperiais
Plantastes essa arte magistral
Fruto de tua mente privilegiada
Resultado das mãos tuas,
abençoadas

Tear, tão simplório maquinário
Tornastes-o, em sustento do lar
Como soubestes burilar!
Quão inusitada maestria!

Já de manhã, quando o Sol se anuncia
À luz da lamparina, dia a dia
Continuas, hoje ainda, tal odisseia
Louvamos tua presença excelsa



És similar à opala, pois rara
Ambas de Pedro II, caras
Mulher guerreira, mulher inteira
Tua terra a reverencia, mulher sertaneja!


*Eduardo Albuquerque, poeta, cronista, escritor.