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Escola de Sargentos do Exercito - Apelo à sensatez

04/07/2025 -

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Por Mauro Ferreira Lima*

A instalação da Escola de Sargentos do Exército (ESA) no Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, dentro da APA Aldeia Beberibe, tem gerado críticas contundentes dos ambientalistas por seus impactos - com desmatamento previsto de 90 hectares de Mata Atlântica, equivalente a 100 campos de futebol. Os Impactos ambientais potenciais incluem:

-Perda de biodiversidade, com dezenas de espécies ameaçadas e nascentes importantes para a RMR;

-Ausência de licenciamento ambiental, o que deixa a sociedade sem acesso a estudos de impacto detalhados;

-Áreas alternativas com desmatamento zero.

Há opções

Diversos estudos e propostas, especialmente do Fórum Socioambiental de Aldeia, apontam duas principais áreas já antropizadas — ou seja, usadas para cultivo de cana-de-açúcar — que poderiam abrigar a ESA sem precisar derrubar vegetação nativa. São elas:
a) Área ao longo da PE 27 (município de Paudalho) a menos de 2 km da área atual proposta.
Sao terrenos majoritariamente desmatados para plantações de cana. Prontos para receber instalações militares com mínimo impacto.

b) Região em Araçoiaba

Também em área de canavial, perto do Cimnc. Permite localização a poucos quilômetros da proposta original, eliminando a necessidade de supressão da Mata Atlântica .

Adicionalmente, dentro do próprio Cimnc já existe área previamente desmatada — cerca de 200 hectares ou mais — que pode ser aproveitada, conforme aponta o Fórum Socioambiental de Aldeia.

Avançar

Essa solução - usar áreas já abertas - permitiria avançar com o projeto sem sacrificar remanescentes florestais, mantendo zero desmatamento de vegetação nativa.

Conclusão

Sim - existem alternativas viáveis para a construção da ESA sem promover novo desmatamento. Essas áreas estão
a menos de 2 km do local originalmente proposto; em terrenos que já foram convertidos para agricultura;
dentro da mesma jurisdição militar e facilmente acessíveis.

Tais propostas atendem ao interesse do Exército em manter a proximidade e domínio do Cimnc, ao mesmo tempo em que preservam a Mata Atlântica que resta.

Se o objetivo é zerar o desmatamento, essas opções preexistentes deviam ser priorizadas, sobretudo considerando os impactos sobre nascentes que abastecem o Grande Recife, importantes ecossistemas locais e leis como a da Mata Atlântica.

Toda esta mobilização, em setores formadores de opinião e estratégicos do Estado não rejeita o projeto em si. Luta pela vitória da preservação ambiental em um mundo que acelera sua chegada a um colapso climático irreversivel em décadas próximas. Que a sensatez de quem decide sua instalação venha à tona e prevaleça nestes preocupantes momentos que antecedem a deterioração gradativa do equilíbrio climático global.

*Mauro Ferreira Lima é economista com formação no Brasil e no Exterior.
Professor e Coordenador do Fórum Econômico da UPE- analista e articulista.

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