Lá vem o trem! Populares, em alvoroço, num corre-corre danado, rumam à velha estação ferroviária: ruas enfeitadas de bandeirolas e balões, mais pareciam os festejos religiosos de São Sebastião, em janeiro ou os mundanos de São João, em junho.

No entanto era fevereiro, precisamente o dia 20, do ano do Senhor de 1937, quando a Princesa do Capibaribe foi palco do fato inédito: ser a primeira cidade do interior pernambucano, contemplada com uma agência da Caixa Econômica Federal de Pernambuco, antecipando-se até mesmo ao Banco do Brasil - só viria a se fazer presente seis anos após (16/02/1943) - como também à expansão da CEF nas cidades interioranas de Caruaru e Garanhuns.

Tal pioneirismo se deve à pujante economia leiteira/algodoeira àquela época, influências políticas então vigentes, acrescida do fato histórico da sua extensão territorial, chegando ‘a cidade paridora de municípios’ a originar 16 outros, em suas circunvizinhanças, desde que fora a Sesmaria do Limoeiro nos tempos coloniais.

Instalou-se inicialmente no imóvel alugado na Rua Vigário Pinto, 728, permanecendo até 1954, quando se transferiu para a Rua Santo Antônio, 179 e, a partir de 1992, em nova sede, própria, na Av. Jerônimo Heráclio, 661, por necessidade de maiores instalações pra melhorar atender a crescente demanda da população limoeirense, através de suas ações de principal agente do Governo Federal em Programas Sociais e de Políticas Públicas, ao tempo em que desempenha concomitantemente seu viés de banco múltiplo.



Termino essa digressão historicista-cronística, homenageando o colega Vitor da Silva Fernandes (in memoriam), tesoureiro que atuou de 1937 a 1972, a quem tive o prazer de conhecer, já bem velhinho, mas bem alinhado e cheiroso que só filho do barbeiro ... Quão bons os tempos vividos em Limoeiro, terra de rica história, “causos matutos e coronelísticos” e povo acolhedor. É isso!

P.S.: Tive a honra de desempenhar a função de Gerente Geral da CEF, no período de novembro/82 a fevereiro/1986 na Terra do Cel. Chico Heráclio.


*Eduardo Albuquerque, poeta, cronista, escritor.