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A fábula do lobo louro e dos cordeiros morenos, por José Nivaldo Junior*

17/07/2025 -

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Depois da fábula definitiva e esclarecedora intitulada "A formiga e o elefante, a prepotência dos fracos..." narrada com mestria, aqui em O Poder, por Emanuel Silva, (localizável fácil pelo título no Google), devíamos excluir fábulas da nossa pauta. Mas não resisto. Vamos a mais uma. De Esopo, que foi escravo na Grécia Antiga. Para expressar as injustiças do mundo sem ser punido, criou um genero literário conhecido por fábulas. Contou histórias com animais que possuem características humanas e ensinam lições morais. Uma das mais famosas é 'O Lobo e o Cordeiro'. Um texto clássico sobre as injustiças e o abuso de poder. Ilustra como os poderosos inventam qualquer desculpa para oprimir os mais fracos e como a força bruta prevalece sobre a razão e a justiça. Vamos relembrar, com pequenas adaptações.

Era uma vez

Um cordeiro amorenado que estava bebendo água no riacho. Nisso, chegou um lobo, grande, malvado e usando uma cabeleira pintada de louro, ridícula. E começou a beber água a montante, ou seja, antes do local onde o cordeiro bebia. Aí, o lobo gritou para o cordeiro dizendo que ia devorá-lo. O cordeiro perguntou o porquê. Porque você está sujando a água que estou bebendo, disse a fera. O Cordeiro argumentou que era um equívoco do lobo, pois a água que ele bebia já havia passado pelo lobo. Argumento irrespondível.

Mas

Eu vou devorá-lo assim mesmo, devolveu o lobo. O seu pai sujou a água que o meu pai bebeu. E encerrou o assunto.





O rebanho

Nisso, acorreram os cordeiros e ovelhas do rebanho. Protestando contra a agressão sem base do lobo. Argumentando que era um absurdo inaceitável. Que não iriam ficar calados. Que no pasto dos cordeiros mandavam eles. O pasto é dos cordeiros, berrou um. Usaram todos os adjetivos de protesto cabíveis e esgotaram os argumentos racionais para tentar convencer o lobo. Até uma carta fizeram, para deixar bem claro que o lobo não tinha razão, a razão estava com eles. Nada feito. O lobo devorou o cordeiro e escolheu outros para devorar nos dias seguintes.

Moral da história de Esopo

Contra a força, não há argumentos.
Quando alguém está determinado a fazer o mal, argumentos e explicações racionais não são suficientes.






Não sei porque

Quando assisto ao Congresso formando uma comissão de cordeiros, digo senadores, para ir à terra do lobo, digo Trump, tentar dialogar. Quando vemos cordeiros com pele de lobo vociferando contra o lobo de verdade. Quando ovelhas tresmalhadas berram em vão para sensibilizar outras ovelhas. Quando o lobo péssimo diz "vou devorá-los porque posso" a fábula original de Esopo não me sai da cabeça.

A moral dessa historinha

O cordeiro mais frágil é o que entra na briga fingindo ou achando que tem a mesma força do lobo. E parte para discutir com ele de igual para igual. Ou muda de estratégia ou vai ser devorado sem piedade.

*O autor é mestre em História. Publicitário, especializado em marketing político. Da Academia Pernambucana de Letras.



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