O presidente Lula afirmou hoje, em entrevista à CNN, que achou que o anúncio da tarifa de 50% pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, era "fake news". "Foi muito desagradável", disse Lula. Para Lula, o presidente americano rompeu com o protocolo e a liturgia esperada entre duas nações ao anunciar as medidas unilaterais. "O Brasil deve cuidar do Brasil e do povo brasileiro, e não dos interesses dos outros", pontuou o presidente, acrescentando: "O Brasil não aceitará nada que lhe seja imposto. Aceitamos negociação e não imposição". Lula afirmou que não quer ser refém dos EUA e que quer liberdade para o comércio. "Mas agora ele (Trump) demonstrou que ele não está interessado (em negociar), porque acha que pode fazer tudo o que acha que quer com as tarifas", adicionou. Mas pontuou que está aberto a negociar. E mais...

O presidente disse que o Brasil está se preparando para responder às tarifas anunciadas por Donald Trump no momento certo. "O Brasil, no momento certo, dará a resposta certa à carta do presidente Trump", afirmou Lula. Ainda afirmou, que teve uma boa relação com todos os presidentes e deseja ter uma "boa relação com Trump".

Brics

Lula afirmou que o Brics não foi criado para brigar com outros países, mas discutir problemas de maneira pacífica.

Sobre Bolsonaro

"Bolsonaro não está sendo julgado pessoalmente, ele está sendo julgado pelos atos, ele tentou organizar um golpe de Estado, ele ameaçou secretamente, ele planejou a morte do vice-presidente, de mim mesmo e do chefe de justiça. Ele poderia estar sendo julgado só por isso", afirmou o presidente. "Ele certamente será condenado, eu acredito nisso", acrescentou Lula. Ainda afirmou que "não é o presidente Lula que acusa, é a procuradoria".






Sobre Israel e Netanyahu

"Netanyahu não respeita ninguém. Ele não respeita a ONU, os Estados Unidos, ele não respeita ninguém, nada", afirmou Lula. O presidente disse que o premiê israelense está agora "predestinado a continuar governando". "E para continuar governando, ele precisa da guerra. Ele tem que matar um monte de criança. Esse é o mundo que queremos?", acrescentou. Lula cobrou ação dos países que são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. "O que o Conselho de Segurança está fazendo agora? Os membros plenos do Conselho de Segurança - o que estão fazendo? Eles não resolvem nada. Quem eles estão ouvindo? Com quem estão conversando?", disse. "Todo dia eu leio o jornal. Alguém pede o cessar-fogo e no dia seguinte o Netanyahu mata mais mulheres e crianças lá. Agora, ele acabou de matar crianças que estavam tentando pegar comida, não armas", completou. (Com CNN)