Desesperados com o início dos embarques para os EUA, programados para a próxima semana, os produtores de uva e manga do Vale do São Francisco têm procurado autoridades e politicos "para evitar uma verdadeira catástrofe no agronegócio regional". A fruticultura do Vale gera 120 mil empregos, movimentou em 2023, 4,4 bilhões de reais e para 2025 a estimativa é da ordem de 5 bilhões de reais.

Em clima de ansiedade e temerosos com os efeitos devastadores da nova tarifa americana de 50% sobre as exportações brasileiras de frutas, que está anunciada para vigorar no próximo dia 1º de agosto,
os produtores apresentam algumas propostas para o problema que pode gerar um caos econômico de inúmeras consequências.

.“A primeira saída seria a negociação de volumes prévios de embarque para a safra da uva e da manga, já em fase de colheita e verificar a possibilidade de resguardar essa safra com as tarifas anteriores ate o final deste ano”, sugeriu o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira. O presidente do SPR,também colocou a opção que em caso da impossibilidade de atender toda a safra em andamento, definir cotas de exportação em caráter de urgência, evitando o cancelamento dos atuais embarques já programados, além de propor a não taxação de frutas/alimentos, visando o não desabastecimento da população.

Jailson Lira adiantou que todo o Vale do São Francisco deve se mobilizar para a mudança do percentual imposto pelos EUA. “Estamos correndo contra o tempo. Juntos, os principais municípios do polo, vão encontrar uma saída para esse impasse desafiador”, concluiu esperançoso.