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É Findi - Forte de Tamandaré - Crônica, por Malude Maciel*

26/07/2025 -

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Gosto muito de praias. Uma orla bonita com um mar tranquilo é tudo de bom. Sempre, nos aniversários, quer natalícios, quer de casório, peço como presente um tempinho num hotel à beira bar. Nada mais natural para uma interiorana de Caruaru.

Certa vez

Contando com um lugar acolhedor, ficamos numa Pousada na Praia do Forte e observamos que estávamos pertinho da enseada, avistando o Forte de Santo Inácio de Layola, também conhecido como Fortaleza da Barra Grande e Forte de Tamandaré, ao sul do Cabo de Santo Agostinho, município de Tamandaré em Pernambuco.
Logo partimos pra visitá-lo, pois aprecio muitíssimo a nossa História.

Tempo das capitanias

A enseada de Tamandaré tem um ancoradouro reputado como um dos melhores na capitania de PE por ser capaz de abrigar embarcações de até dezoito pés. Uma paisagem belíssima.
O forte foi construído no final século XVII pelo engenheiro Antônio Correia Pinto e constituía uma defesa do porto de Tamandaré às invasões holandesas, servindo de abrigo às embarcações portuguesas.

O nome

No ano de 2022 completou exatos 125 anos do falecimento (20/3/1887) de um grande brasileiro, militar e monarquista gaúcho, nascido na cidade de Rio Grande, Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, título dado pelo imperador Dom Pedro II pelos serviços prestados à nossa pátria e mais tarde escolhido como patrono da Marinha Brasileira. Ao longo de sua carreira, que durou 60 anos, participou da guerra da Independência do Brasil, nos conflitos do período regencial e depois, nas guerras do Prata e do Paraguai. Toda sua vida foi dedicada à Marinha, desde os 15 anos de idade. Em 1847 recebeu o título de capitão de mar e guerra e depois foi promovido a chefe de divisão e chefe de esquadra.



Dados históricos

Infelizmente, essa biografia do Marquês de Tamandaré, não foi encontrada no forte que tem o seu nome. Lá, apesar de ainda conservar estrutura original e também expor oito canhões da época das batalhas ali travadas, estranhamente, não existem históricos de forma alguma. Nem uma linha, nem nenhum papel registrando e dando ideia da significância daquele patrimônio nacional. Até as placas alusivas ao monumento, estão corroídas pelo tempo, sem manutenção alguma, o que não permitem boa leitura. Mesmo se cobrando pequenas taxas de visitação, não existem cuidados.

Comparação

Fico desanimada e até não compreendo como em diversas partes do mundo são preservadas as relíquias da antiguidade e aqui, em nosso Pernambuco, nos deparamos com tamanha falta de interesse e dedicação. Naquele local, se houvesse investimento, seria um ponto turístico de primeira grandeza, com guias, explicando os fatos históricos e acompanhando os visitantes pelas dependências do imóvel, distribuindo folhetos com gravuras, etc.
Com os recursos atuais, colhemos fotos maravilhosas da baía encantadora, tendo o cabo de Sto. Agostinho como pano de fundo.
É uma pena que aquele colosso fique desprezado pelas autoridades, pois um ponto histórico tão importante deixa de ser conhecido, quando não tem organização. A beleza natural daquela área fica prejudicada, sem relevância, e assim as pessoas ficam apenas nas praias (que são lindas) sem pensar em se conhecer mais desses locais específicos.

Na verdade, seria mui interessante que as escolas estaduais e municipais levassem o alunado a ver in loco o que se ensina em salas de aulas.


*Malude Maciel, Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras, ACACCIL, cadeira 15 pertencente à professora Sinhazinha.



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