Vaqueiro sois do sertão o cavaleiro
De manhãzinha, bem cedo
Vestis o gibão, as perneiras
Vais célere rumo à porteira
Em busca do velho companheiro

Então afagas teu amigo alazão
Chamas-o pelo nome, Trovão
De lado, já o cachorro Leão
São pares, são como irmãos
Sejam invernos, sejam verões
Os três mosquteiros se vão
Juntinhos: sertanejo, cavalo e cão

Saem em desabaladas carreiras
Nas matas, caatingas, tabuleiros
Assim é a lida do audaz vaqueiro
Labutando pelo gado do patrão fazendeiro
Orgulhais-vos da vida de missioneiro.


*Eduardo Albuquerque, poeta, cronista, escritor.