
Morte Digital - Poema, por *Romero Falcão
29/07/2025 -
A morte digital também manda pra sepultura
grupos de Zap
não sei se por perda do objeto
do interesse didático, comercial
ou fadiga intelectual
o grupo deixa de fazer sentido
numa rigorosa indiferença profissional
não há mais propósito
apenas um depósito vazio
O grupo torna-se casa abandonada
sem móveis, sem eco, sem vozes
às vezes um louco aparece como fantasma
um poste postando luz apagada
E tudo que um dia brilhou, analisou, foi intenso
agora são risos e abraços suspensos
*Romero Falcão, é um cronista que se arrisca a fazer poema torto, autor do livro: Asas das Horas, com prefácio do Prof. José Nivaldo.
