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Dura verdade - A elite desinformada não está sabendo lidar com a guerra fiscal de Trump - Entenda

05/08/2025 -

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Por Jarbas Beltrão*

Noticias nada boas para o Brasil. A "politica tarifária" de Trump tem promessa de escalar ao longo dos meses que se seguem. Alguns grupos de produtos brasileiros terão tarifas nos portos americanos de 50% (1° agosto) podendo chegar mais adiante em até 500%.

'Efeitos diretos e indiretos'

Acontecendo as medidas tarifárias as mesmas poderão provocar um estrangulamento de setores econômicos nacionais voltados para exportações americanas, e o sofrimento se estenderá aos segmentos que estejam indiretamente conectados aos setores exportadores atingidos.





'Pressões'

Setores empresariais e governadores de estados nordestinos, incluido Pernambuco, sem entendimento claro do que está por trás da ofensiva trumpista, efeitos das prisões conigtivas que se encontram, resolvem reunir-se para exercer pressão sobre o governo federal na direção de que, se cumpra, ou sejam negociadas as exigências junto ao governo americano.

'Desencontro de linguagens'

O governo de Trump, fala uma linguagem, as autoridades políticas e elites econômicas brasileiras falam outra, enfim, estes brasileiros nunca chegarão ao tal "entendimento", o que na verdade está por baixo da mesa de negociações. Caso topem sentar "frente à frente" com autoridades americanas e entenderem o principal, que é base da plataforma de exigências de Trump, saberão quais as cartas não claramente apresentadas até agora por eles ignoradas em razão da desinformação. Para se chegar, no mínimo, perto do alvo desejado pelo Governo americano, precisarão, do que não são dotados, ou seja, uma compreensão geopolítica, com ferramentas de Economia Política e, muita História econômica das relações internacionais.

'Negociações'

Na mesa de negociações, nem todas as cartas são apresentadas, digo, são reveladas. Ora, muito do conteúdo da "caixa de ferramentas" encontra-se escondido.
O "equivoco" do lado do Brasil está no fato do desconhecimento atual de Geopolítica, História e Ciência Econômica e por isto as elites do pais são facilmente manipuladas.
Esses conhecimentos nunca foram elementos presentes no radar das relações internacionais, destes grupos.





'Perdeu mané, não amola'

Os modelos matemáticos, que só levam em consideração a relação de perde/ganha, com a relações econômicas globais, são caracterizadas pela ausência das turbinas da geopolítica principalmente. Este ingrediente poderia tornar, os negociadores cientes do que esta por trás de uma certa "fúria trumpista". Do contrário, o resultado desta busca por negociações junto ao governo americano, terá como resultado, aquele obtido pela comissão de senadores brasileiros, isto é, obter o "silêncio" e "indiferença", enfim, um "perdeu mané, não amola".

'China e o sistema anti-Ocidental'

Argumentos inócuos de uma esvaziada, demagógica e pseudonacionalista de uma agenda de defesa de "Doutrina de soberania nacional", só arrancam gargalhadas nos corredores da diplomacia americana, apenas servem aos discursos dos políticos "esquerdistas" para seus seguidores desinformados.

A diplomacia brasileira

Que reage ao atual cenário, é uma massa de conhecimentos equipada e dominada por lentes ideológicas anti-ocidentais, como:
a) retirar o dólar das nossas transações comerciais e propagada pela esvaziado Bloco do Brics, embora, já pareça que o Brasil, esteja sozinho com voz isolada no Bloco quanto a esta matéria.
b) retirar o Brasil da "Aliança em memória do Holocausto ( 2a. GM)". Imagem nada compatível com os sentimentos dos aliados ocidentais, que derrotaram as forças do nazismo ( 2a. GM). Pode parecer que, o citado não tem conexão com a abordagem das tarifas. Entretanto por aí, também , fica clara a opção brasileira pela desvinculação com a Agenda Ocidental.
c) A progressiva entrada do Brasil num sistema financeiro incerto, que traz prá nosso mercado produtos financeiros e instituições da China, como: Banco Master, Banco Left (Banco Esquerda), ou cartão de débito (futuro crédito) UnionPay.
d)Saída do sistema financeiro Ocidental-global, que é o Swift dirigindo-se ao sistema chinês. O sistema financeiro chinês combina: Estado, mercado, desnbolvimentismo com pouca importância ao livre empreendedorismo e Partido Comunista.
e)Escalada de maior dependência com a China por uma ampliação da participação chinesa na economia brasileira. Entretanto, a China já revelou que, se o Brasil perder mercado americano, ela não teria condições de ocupar a"vaga"deixada. A verdade é que no último trimestre cresceu os importados americanos nas compras chinesas. A China por via de acordos recentes tem facilitado entrada de importados americanos, abriu seus portos.





'Investimentos chineses'

A China, tem acenado com muitos investimentos na nossa economia, mas, no fim e tão somente, são investimentos infra-estruturais, com emprego, em grande parte, de mão de obra chinesa, significando mais renda para a China, sem nenhum interesse de investimento para o mercado doméstico nacional. Investimentos que, muitos deles, à médio/longo prazo, deixam de gerar oportunidades de emprego e renda, que produzidos inicialmente no começo das operações apresentam resultados satisfatórios, mas no longo prazo o mercado receptor perde investimentos conhece o declinio, seria uma alternativa de tempos keynesianos, vividos pela economia americana após a crise 1929, sem ter o consumo por objetivo.

'Socialismo de características chinesas'

Oportunamente, lembramos que os dirigentes chineses, chamam seu regime de "socialismo de caracteristicas chinesas", ou seja, produzir para mercados que funcionam fora do mercado produtor, trocando em miúdos: Socialismo que se alimenta do capitalismo. Sim, sempre foi assim, se não for acabará como: Cuba, Venezuela, Nicarágua, Coréia do Norte. Foi assim na ex-Uniao Soviética e leste europeu.

O Brasil

É muito grande para terminar naqueles modelos de republiquetas populares demagógicas ou no belicismo sovietico e leste europeu (materia prima para o centro soviético), tornar-se-à, sim uma "Nova China" (?). Sejamos mais conscientes, o futuro pode ser o de uma colônia chinesa - uma fazendona, mas com larga utilização de tecnologias produtivas - com todas as particularidades civis da sociedade existente na "metrópole" comunista, isto é, controle civil (bônus social); repressão; forte tecnocracia burocrática; classe média de reduzidade capacidade de consumo; trabalhadores comendo, mas a base de uma opção de dieta reduzida; muita tecnologia e ciência como instrumentos de controle do Estado. Enfim, o previsto na Agenda 2030 do Fórum de Davos e, aliás genialmente retratada por Orwell na sua ficção futurista "1984". Todos seremos obedientes ao "Grande Irmão" (Big Brother), tendo nossas vidas direcionadas para máxima, " ninguém será dono de nada, mas todos serão felizes".

''Brasil e os confrontos atuais"

Pensar o Brasil neste cenário de confrontos atuais das relações globais com EUA tentando a reestruturação da Ordem Econômica e financeira global, não se pode deixar que no nosso radar não se tenha presente os jogos geopolíticos praticados pelos velhos atores com novas fantasias.
Há que se ter entendimento de que o tabuleiro da guerra fria (2a. GM) ainda é o palco do conflito.

'O conflito tem origem em 1917'

A estratégia americana com Trump, tem em mente as novas faces do velho conflito - houve um relaxamento desde a dissolvição do socialismo europeu (1989/1991), mas não desapareceu - o comunismo tomando o controle do Estado Russo em 1917 plantou a semente da Revolução Mundial . A "Revolução Bolchevique" empurrou para a sepultura as velhas rivalidades das Cortes Européias e com o pós 2a.GM, teve substituição pelo conflito socialismo X ordem ocidental, aprofundada com a guerra fria (socialismo X capitalismo).

'Engenharia socialista'

Hoje, com marchas e contramarchas da "engenharia socialista", já se tem como bastante evidente que o socialismo se alimenta do capitalismo ( caso chinês, vietnamita , e o sudeste asiático). O projeto do socialismo tem se revelado totalmente incapaz de uma autonomia econômica.
A História nos revela, a diferença da China em relação ao "marxismo ortodoxo" soviético. A China preserva na política todos traços de autoritarismo, que é DNA marxista. Quanto a economia decolou com a importação de capitais ocidentais.
No socialismo chinês, não se fala em luta de classes (só no discurso), classe operária, igualdade social.
O Partido Unico, por lá transformou-se, agora com maior transparência no Gabinete de tecnocratas que comanda o pais. É o "Rei do Pedaço" , sem oposição, dono de tudo, que cumpre fielmente o papel de ser o condutor da construção de um futuro por todos compartilhado: "Ninguém será dono de nada, mas todos serão felizes" (Agenda 2030 de Davos, )

'A felicidade programada'

O modelo que o Brasil poderá ser lançado é o da felicidade perfeita da Governança mundial. Produto da construção de uma "Nomenclatura", conforme Georgel Orwell em " 1984". Todos obedientes à hierarquia orweliana do "Grande Irmão" que comanda o "Partido Interno" e seus ministérios (Verdade, Amor e outros ).
Difícil é ter isso no radar, com o controle cognitivo, a incapacidade de elites e de toda a sociedade terem consciência deste jogo. O comunismo tem nova forma, já é o pós Escola de Franckfurt que esteve inspirada na fórmula de Gramsci.

Tenho dito!

PS - Minhas homenagens e grande sentimento de perda com a morte de J.R. Guzzo. Teu nome é Liberdade, vai com Deus.

*Jarbas Beltrão, é Historiador, professor de História da Universidade de Pernambuco UPE . Mestre em Educação pela UFPB, professor em cursos de Economia em Faculdades privadas. MBA em Política, Estratégia, Defesa e Segurança pela Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) e Faculdade Metropolitana de São Carlos.

NR - Os artigos assinados expressam a opinião dos seus autores. O Poder estimula e acolhe o contraditório.
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