
Silêncio sepulcral no primeiro dia do tarifaço. Ninguém dos negócios fala nada
06/08/2025 -
Não fossem os comentaristas das TVs a cabo, que têm a obrigação de falar compulsivamente o dia inteiro, tenham ou não assunto, o Brasil econômico estaria no mais profundo silêncio neste primeiro dia da aplicação do tarifaço de Trump. Ainda é muito cedo para que efeitos reais sejam sentidos. Os empresários punidos neste primeiro momento e até os que escaparam, não querem abrir a boca "sem ter certeza" do que dizem. Para não bancar em as "Ofélias" célebre personagem do antigo Zorra Total, programa de humor da Globo.
Ameaças no ar
Além do tarifaço, que na conta analfabeta em ciência econômica do despreparado ministro Haddad atinge 4%, ou 2%, das exportações para os Estados Unidos, pairam no ar ameaças que mantém o empresariado na maior discrição. Como o perigo real a imediato de Trump punir a Índia e todos os demais países que compram petróleo e derivados da Rússia. Ora, o agro brasileiro depende em grande parte dos fertilizantes russos. Como agir?
Sensação
Quem entende do ramo fala em off que, embora o governo venha tentando se capitalizar politicamente com esse episódio, todas as informações são no sentido de que o Executivo Federal pouco ou nada fez para evitar as tarifas contra produtos brasileiros.
Em off
"Ainda que mandatário dos mais fracos nessa disputa, o nosso presidente Lula segue com as suas manifestações políticas e pouco efetivas, reafirmando fatos e posições que em nada contribuem para as nossas necessidades". Essa é a sensação do empresariado, em geral. Agora, neste momento, ninguém quer contrariar o presidente. Até porque quase todos vão depender das "ajudas" governamentais, que já foras anunciadas sem qualquer detalhamento confiável de como funcionariam.
Perigo
Além das tarifas de 50%, outra bomba pode atingir a indústria e o agronegócio nacional nesta quarta-feira: o embargo a países que negociam com a Rússia. O prazo para o cessar-fogo na guerra da Ucrânia termina na sexta-feira (08/08), e Trump já ameaçou impor tarifas secundárias até o fim do conflito.