A cabeça branquinha, quão lindo adereço
Guardo com carinho, lembro com apreço
Sorriso de menino, simpático velhinho
Somente flores plantastes, jamais espinhos

Os anos, céleres, passaram, todos felizes
Repletos da tua presença, benditas diretrizes
Formastes nosso esteio, apontastes o Norte
Herdeiros fomos da tua ancestralidade nobre

O dia: primeiro de dezembro... lembro, guardo
O ano: mil e novecentos e noventa e quatro
Choro! Dor atroz... eu lembro e, triste, lamento
Seu encantamento ...oh! como é ingrato o tempo

Arrancastes de mim ... lá se foi o meu herói
Bravamente lutou ... e o vi partir, quanto dói
A malfadada visita ...oh! Indesejada das gentes
Indiferente, sempre tu levas o melhor da gente!

Eduardo Albuquerque.
Recife, 10/08/2025.