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Exportações em queda: o que o Brasil perde com o tarifaço; no Nordeste prejuízos pode superar os R$ 16 bilhões

12/08/2025 -

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Negócios, empregos, investimentos. O tarifaço de Donald Trump sobre produtos brasileiros está em vigor, mas os impactos da medida são sentidos por alguns segmentos de exportadores do país. O tarifaço, anunciado em julho e em vigor desde a última quarta-feira (06/08), vai ter mais efeitos mais localizados do que sobre a economia como um todo.

Taxas do nível mais alto

Segundo estimativas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, enquanto algumas exportações foram isentas das taxas do nível mais alto, cerca de 55,4% das exportações ainda encaram o teto tarifário imposto pelos EUA, .

Sobretaxados

Dentre os produtos que serão sobretaxados, estão algumas das principais exportações do Brasil para os americanos.

Café

O setor cafeeiro estima grandes perdas com a taxação do produto, já que o Brasil ocupa o topo da lista de exportadores do grão para os EUA, sendo responsável por aproximadamente 35% do café consumido em território estadunidense.

O maior destino do café não torrado brasileiro foi os Estados Unidos, que importaram 16,7% do total vendido pelo país, no valor de US$ 1,9 bilhão.

Madeira

A madeira é outro bem que deve ser fortemente impactado pela política tarifária de Trump. Em 2024, os exportadores do produto comercializaram cerca de US$ 1,6 bilhão ao mercado americano.


Carnes

As carnes também não escaparam da taxação de Trump. A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), que representa empresas como a JBS e Marfrig, estima perdas de US$ 1 bilhão com as novas tarifas de 50%.
Os Estados Unidos são o segundo maior destino das exportações de carne bovina do Brasil, depois da China.

Pescados

O setor de pescados é um dos grandes afetados pela política tarifária de Trump. De acordo com Eduardo Lobo, da Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), 70% das exportações do setor são destinadas ao mercado estadunidense.
O Brasil ainda enfrenta a falta de alternativas comerciais no setor, devido ao embargo nas exportações de pescados para a União Europeia que o país enfrenta desde 2017.


Frutas

Segundo a Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados), os Estados Unidos absorveram 7% do volume total exportado de frutas pelo Brasil em 2024.

As perdas no Nordeste

A entrada em vigor da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras por parte dos Estados Unidos, vai afetar a economia do Nordeste. Segundo a Coordenação de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Sudene, Ceará, Bahia e Maranhão serão os estados mais afetados, já que são os principais exportadores da Região para os EUA em 2025.

Exportações

Só este ano, até o mês de junho, a pauta de exportações do Nordeste para os Estados Unidos somou US$ 1,58 bilhão, o equivalente a R$ 8,7 bilhões, sendo o principal exportador o estado do Ceará, seguido por Bahia e Maranhão. Juntos, eles representaram 84,1% do total exportado.

Outros estados

Foi avaliado, ainda, o ano de 2024, com Bahia, Maranhão, Ceará e Pernambuco protagonizando as exportações para os norte-americanos, sendo responsáveis por US$ 2,5 bilhões, aproximadamente R$ 14 bilhões. Nesse período, em sua totalidade, a Região exportou pouco mais de R$ 15,6 bilhões, considerando o valor do dólar de hoje.

Produtos

Entre os produtos exportados destacam-se aço, frutas, pescados e calçados (Ceará), “com alta concentração em produtos com valor agregado médio, que podem perder competitividade com taxação adicional”, segundo Farias. Na Bahia, em 2025, os principais produtos exportados são cacau, óleos, pneumáticos, frutas (BA), com impacto significativo em setores como cacau (US$ 46 milhões) e pneumáticos (US$ 42 milhões). Já no Maranhão, pastas químicas e minérios são os principais produtos exportados.

Estudo

Um estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) prevê que com o tarifaço haja uma redução de R$ 25,8 bilhões no PIB brasileiro em até dois anos, com a perda de 146 mil postos de trabalho formais e informais e uma redução de R$ 2,74 bilhões na renda das famílias. As perdas em até dez anos poderiam chegar a quase 1% do PIB, afetando 618 mil postos de trabalho e reduzindo os ganhos das famílias em R$ 11,6 bilhões.

Calcular

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) chegou a calcular que, com retaliações profundas de ambos os lados, poderiam ser fechados 5 milhões de empregos em até 10 anos, custando 6% do PIB. (O Poder)

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