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Muito grave: Acusação do presidente da Assembleia de que governo do Estado usa "milícias digitais" contra deputados exige esclarecimento cabal

14/08/2025 -

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O JC, edição de hoje, quinta-feira 14/08, traz uma manchete inquietante. A crise entre o Executivo e o Legislativo de Pernambuco, que até ontem parecia ter entrado em fase de distensão, foi retomada com força total e elevada a níveis nunca antes alcançados. Pelo menos desde 1964, não há registro de acusação tão forte do presidente do poder Legislativo contra o Executivo.

A notícia

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), acusou a existência de uma “milícia digital” criada para realizar ataques coordenados contra parlamentares da Casa. Em um pronunciamento durante a sessão plenária, Porto não citou o Governo do Estado ou a governadora Raquel Lyra, mas acusou funcionários da Casa Civil. Exigiu respeito ao Legislativo. E afirmou que a Justiça será acionada para apurar o caso.

Acusação direta

“Essa milícia digital está vindo da Casa Civil. E em nome dessa casa, eu exijo respeito. Isso vai ser apurado”, declarou o presidente da Alepe. Porto reiterou que o caso será levado à Justiça para a devida apuração e responsabilidade.

Investigação

O Presidente da Alepe, Álvaro Porto, disse ainda que vai levar o caso para investigação e responsabilização dos envolvidos.

Canalhas

Em um recado direto aos supostos autores dos ataques, Porto ameaçou se pronunciar em breve na tribuna. “São em torno de 18 deputados que vêm sendo atacados, mas a Justiça vai tomar conta e, no momento certo, eu vou para essa tribuna. E não vou falar como presidente, não. Lá, vai ser o deputado Álvaro Porto. E essa milícia digital, esses canalhas que estão fazendo isso vão ter a resposta, porque não sabem com quem mexeram”, completou.

Nota do governo

Em nota, o Governo do Estado negou fomentar “qualquer tipo de ataque pessoal, disseminação de informações falsas ou uso indevido de recursos públicos” para fins voltados ao que não fosse institucional".

Arrudeio

Antes do pronunciamento de Álvaro Porto, a Deputada Dani Portela, que atualmente é a mais incisiva opositora do governo Raquel na Assembleia, acusou que a agência digital Arrudeio Comunicação Ltda atuava, paga pelo Governo, como braço operacional de um alegado "gabinete do Ódio" que funcionaria em articulação entre a Casa Civil e a área de comunicação do governo. Existem duas agências Arrudeio, com o mesmo nome e mesmo objetivo social: uma em Fortaleza-CE, que atua desde 2020, e outra em Pernambuco, criada em 2024, com capital social simbólico de R$ 1.000,00. Supostamente a agência Pernambucana é o alvo da denúncia e está no olho do furacão. A Arrudeio operava até o início da tempestade um canal de notícias, denunciado na Assembleia como suposto instrumento para distribuir calúnias contra opositores do governo, incluindo 18 parlamentares. Ninguém da empresa ainda se pronunciou.

Já o governo falou

“O canal em questão servia tão somente para a divulgação de ações do Governo, sem ofensas ou mesmo menções a grupos políticos”, comunicou a Secretaria de Comunicação do Governo de Pernambuco. “O compromisso da gestão é com a transparência, a ética e o respeito à sociedade pernambucana”, concluiu em nota.

Deputados reagem

As denúncias sobre a rede de ataques foram levantadas na tribuna por diversos parlamentares. A deputada Dani Portela (PSOL), afirmou ter mapeado mais de 300 perfis falsos que estariam atacando ela e outros 16 deputados. A principal suspeita levantada pelos parlamentares é a de que a rede de ataques estaria sendo financiada com dinheiro público e teria ligações com a Secretaria da Casa Civil do Governo do Estado.

O presidente

Álvaro Porto endossou a gravidade da suspeita. Quando Álvaro fala, queira ou não, é a Assembleia Legislativa que se pronuncia.

Ironicamente

Métodos semelhantes foram usados pela direita no período da ditadura. No início dos anos 80, a família da governadora Raquel Lyra, notadamente o então deputado Fernando Lyra, sofreu graves ataques à honra em milhares de panfletos espalhados em Caruaru e em todo o Estado. Por isso, mas não só por isso, esse caso deve ser rapidamente esclarecido. O ônus da prova cabe a quem acusa. Não há meio termo. É preciso que os documentos apresentados sejam analisados técnica e politicamente e as responsabilidades atribuídas a quem é culpado. À Assembleia, se a acusação não for comprovada. Ao Governo, com afastamento dos responsáveis, caso procedentes as acusações. A questão não é jurídica, apenas. É essencialmente política.

(O Poder com informações do JC)

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