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Mais longe do palanque duplo - O que explica o surpreendente movimento de Raquel Lyra se afastar de Lula é o projeto do Centrão

15/08/2025 -

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A política em Pernambuco ganha novos contornos à medida que se aproxima o ciclo eleitoral de 2026. A governadora Raquel Lyra, chegou ao poder em 2022 sem apoiar nem Lula nem Bolsonaro. Com um discurso de "caminho do meio". E, nos dois primeiros anos de governo, se aproximou de Lula, foi muito bem recebida, alimentando a ideia de palanque duplo em Pernambuco. Ou seja, tanto ela como João Campos estariam com Lula.

Um novo rumo

Tudo mudou quando a governadora entrou para o PSD, partido de Gilberto Kassab, um dos esteios do "centrão". O PSD, no momento, tem uma posição que inicialmente parecia confortável para o jogo de Raquel. Um pé no governo Lula, com três ministérios. E outro, no governo direitista de São Paulo, onde o próprio Kassab é
secretário de Governo e Relações Institucionais.

Porém

O detalhe que explica a ausência de Raquel na agenda de Lula e o pitoresco pretexto apresentado: o seu partido tem um projeto nacional para 2026. E, precavido, Kassab determinou que Raquel se afaste agora de Lula, para não ter que dar marcha a ré em cima da eleição, caso se consolide uma candidatura própria ou aliança que exclua Lula.

Assim

A governadora está sendo cobrada pelo comando do seu partido para fazer o que até agora não fez: demarcar sua identidade nacional de forma mais clara. A ausência de Raquel em agendas recentes com a primeira-dama, Janja, e com o presidente Lula no estado, sugere uma demarcação de território, um distanciamento calculado que a alinha com as articulações do seu partido, o PSD, e o chamado "Centrão".

Projeto

A figura central desse movimento é o governador do Paraná, Ratinho Júnior, também do PSD. Ele é o nome que o presidente do partido, Gilberto Kassab, prepara para lançar à Presidência da República, reforçando o poder e a influência do "Centrão" nas próximas eleições. Esse movimento posiciona Raquel Lyra em novo papel, mais distante do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Alternativa

A candidatura de Ratinho Júnior, com o apoio de um bloco político coeso como o Centrão, representa uma alternativa na proxima corrida presidencial. A adesão de Raquel Lyra a esse projeto não seria apenas uma questão de fidelidade partidária, uma vez que mudou de sigla, mas a necessidade de defender um lado já que foi perdendo espaço para o prefeito do Recife, João Campos, em eventual palanque duplo de Lula.

Perspectivas

O cenário que se desenha é o de uma Raquel Lyra diante da exigência de escolher um lado. Ou seja, o fato novo da corrida eleitoral, é que manter a ambiguidade de 2022 nao depende mais da vontade dela. Resta saber se essa nova identidade política, alinhada com Ratinho Júnior e o "Centrão", e mais longe de Lula e, talvez, até do ex-presidente Bolsonaro, será um bom caminho para conquistar o eleitorado pernambucano. O fato é que a governadora, diferente do que fez no passado, pode ter que assumir uma posição determinada de cima para baixo por Kassab. Até porque, repetindo, o seu partido é forte candidato a liderar o Centrão na próxima corrida presidencial.

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