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É Preciso Romper a Bolha. É Preciso Ler Jornal - Artigo, por Romero Falcão*

18/08/2025 -

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Traje Elegante da Narrativa

A imprensa escrita perdeu prestígio econômico. Revistas e jornais impressos minguaram. A banca de revista desapareceu. Surgiu a notícia digital. Os periódicos se reinventaram para acompanhar os novos tempos. Por outro lado, a mentira, o boato e a distorção dos fatos - vestidos pelo traje elegante da "narrativa" - também se adaptaram ao universo do algoritmo. Durante a pandemia, correu nos celulares outra peste, a pandemia da ignorância, da estupidez. Por exemplo, se o assunto é vacina ou caneta do emagrecimento, não recorra a postagens dos grupos de zap, muito menos aos vídeos de "especialistas" na internet. Ao invés disso, consulte, leia a revista The Lancet.





Conforto Ideológico

Na tela do smartphone, na minha bolha - espaço sagrado cujos milhões de crânios comungam da mesma visão - tenho conforto ideológico. O link me leva para o vídeo que reproduz o que quero ver, ouvir, fermentar ressentimento, engrossar o pirão da "certeza", sem o incômodo do contraditório. Sendo assim, o algoritmo amplia a bolha, viraliza, dissemina o conteúdo feito verdade bíblica.





Pluralidade de Senso Crítico

Em contraste, há o jornalismo profissional, sério, que não copia e cola a lógica das bolhas das redes sociais. Pelo contrário, o editorial - pelo qual o jornal expressa seu entendimento dos fatos - oferece divergência de opinião dos colunistas, preza pela mão dupla, pela pluralidade do senso crítico por mais que cause desconforto até na própria editoria. Outra função importantíssima do jornalismo respeitado é checar os fatos, averiguar a veracidade no oceano das fake news, procedimento impensável quando estou dentro da plataforma das redes, na qual uma criatura vocifera convicção no alto da torre, sem revelar o que dizem outras cabeças. Quem se "informa" só através dos nichos de opiniões da internet, reduz o horizonte.





Demonização dos Jornalistas

Por essas e outras, leio vários jornais, brasileiros e internacionais. Uns mais conservadores, outros mais progressistas. Leio a revista The Economist. Leio o Nobel de economia, Paul Krugman, no New York Times, sobre as "bondades" de Trump. Lia no Estadão, o saudoso Roberto Guzo, leio Eliane Cantanhêda. Aprecio as colunas de Natanael Sarmento e José Nivaldo, no Jornal "O Poder". Assisto vários jornais na televisão, do Jornal Nacional ao Jornal da Cultura. Ouço diversas vozes no rádio. Leio, leio o pensador "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo. " Numa sociedade polarizada, é frequente a demonização dos jornalistas e as recomendações, "não leia tal jornal, não assista tal canal de televisão". Não, não me permito a "Caverna de Platão" das redes sociais. É imperativo o clarão encandeante do diferente, a linha cuja minha régua desconhece.

É preciso romper a bolha, é preciso ler jornal.



*Romero Falcão, é um cronista que se arrisca a fazer poema torto, autor do livro: Asas das Horas, com prefácio do Prof. José Nivaldo.
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