
Trump, sem pena, corta recursos, mas diz priorizar crianças ucranianas sequestradas
20/08/2025 -
Tanto Trump, quanto a primeira-dama, Melania Trump, destacaram a importância da devolução das crianças ucranianas sequestradas pela Rússia durante a guerra. No entanto, o governo Trump cortou o financiamento de uma das principais organizações que rastreia evidências de crimes de guerra russos, incluindo a realocação forçada de dezenas de milhares de crianças ucranianas. O Observatório do Conflito na Ucrânia era administrado pelo Humanitarian Research Lab da Universidade de Yale e foi criado em 2022 para “captar, analisar e tornar amplamente disponíveis as evidências de crimes de guerra e outras atrocidades perpetradas pela Rússia na Ucrânia”. O grupo produziu relatórios sobre uma série de supostos crimes de guerra russos, incluindo a extensão dos esforços de Moscou para realocar, reeducar e, às vezes, treinar militarmente ou entregar à adoção forçada crianças ucranianas.

Melania Trump pediu proteção das crianças sequestradas em carta para Putin. Trump entregou a carta pessoalmente ao líder russo no Alasca. Chefe de gabinete de Zelensky agradece Melania por carta a Putin
Doações privadas para continuar até 1º de janeiro
O Tribunal Penal Internacional, TPI, emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, pelo suposto crime de guerra de deportação forçada de crianças ucranianas. O governo encerrou o apoio financeiro ao Observatório do Conflito na Ucrânia. O financiamento foi temporariamente restaurado naquele mês para permitir que o repositório de provas dos supostos crimes de guerra russos fosse enviado à Europol, a agência de aplicação da lei da União Europeia. Em junho, um grupo de parlamentares pediu ao Departamento de Estado que liberasse aproximadamente US$ 8 milhões que a agência havia informado ao Congresso, no fim de 2024, que seriam usados para apoiar o trabalho do Observatório do Conflito na Ucrânia. Dois assessores do Congresso disseram ontem, 19/08, que os recursos ainda não foram liberados.
O Humanitarian Research Lab de Yale arrecadou dinheiro suficiente por meio de doações privadas para continuar seu trabalho até 1º de janeiro, disse o diretor executivo, mas não sabe o que acontecerá depois disso.