
Hoje: Lula participa de cúpula amazônica em Bogotá e busca consenso para COP30
21/08/2025 -
O presidente Lula desembarca hoje em Bogotá, na Colômbia, para participar da Cúpula de Presidentes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). A programação prevê a chegada de Lula no fim da tarde. A reunião principal ocorre amanhã, 22/08, na Casa de Nariño, sede da presidência colombiana. Pela manhã, os presidentes se reúnem com representantes da sociedade civil, em um formato inspirado na Cúpula dos Diálogos da Amazônia, realizada em Belém em 2023. Os resultados desse encontro serão apresentados às autoridades.
Na sequência, os líderes participam de uma reunião privada dos países amazônicos, que deve resultar na chamada Declaração de Bogotá. O texto servirá como princípio orientador para registrar consensos regionais e apresentar pontos comuns durante a COP30, em Belém. A viagem marca a 3a visita oficial do brasileiro ao país vizinho desde o início do mandato e reforça a parceria estratégica entre os dois governos, especialmente na agenda ambiental. Apesar de todos os oito países da OTCA estarem representados, apenas Lula e o presidente colombiano, Gustavo Petro, confirmaram presença. A vice-presidente do Equador, Maria José Pinto, também estará no encontro, enquanto os demais governos enviarão seus chanceleres. Paralelamente, Bogotá sedia a 4a reunião do Conselho de Cooperação Amazônica e a 5a reunião de ministros das Relações Exteriores da OTCA, ambas na sede da chancelaria colombiana.

Fundo para florestas tropicais
Um dos principais resultados esperados da cúpula é o avanço no Fundo de Florestas Tropicais para Sempre, TFFF, iniciativa defendida por Brasil e Colômbia para remunerar países que comprovem a conservação de suas florestas. Quem aportar recursos será remunerado e receberá de volta o valor aplicado. O TFFF terá capital majoritariamente privado, 80%, com 20% vindo de fontes públicas. O modelo está sendo desenhado por Brasil, Colômbia e outros países amazônicos, com lançamento previsto para a COP30. A ideia é atrair recursos de países como Noruega, Alemanha, Reino Unido, França e Emirados Árabes Unidos, além de emergentes que já estão sendo abordados.