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O dia em que Getúlio Vargas não morreu, por Roberto Vieira*

25/08/2025 -

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24 de agosto de 1954. O revólver Colt, calibre 32, com cabo de madrepérola, está na mão direita de Getúlio quando ele olha os olhos arregalados de Alzira. O presidente não tem coragem de puxar o gatilho na frente da filha. Desiste de sair da vida para entrar na história. Ainda não será desta vez o momento de cumprir a promessa de só abandonar o Catete morto.





Peron

25 de agosto de 1954. Peron aceita receber Vargas na Argentina. O caudilho brasileiro está velho e Peron está em perigo. Getúlio assiste Peron chamando a Igreja Católica de 'inimiga do povo'. Getúlio acha que Peron não irá aguentar muito tempo no poder também. Agora pouca coisa realmente importa para Getúlio. Ele quer apenas voltar para São Borja. Mas isso é completamente impossível.






Great Western

O Sport Club do Recife é o campeão pernambucano, mas perde o jogo diante do modesto Great Western. A cachaça no Bar da Brahma atravessa a noite e o técnico rubro-negro Fiorotti é chutado da Ilha. O Santa Cruz diz para o Fluminense que Tonhão só vai por meio milhão. O Brigadeiro Eduardo Gomes dá o pontapé inicial no jogo do América-PE, sob vaias da multidão.

Lacerda

Lacerda é eleito com mais de 50% dos votos como novo presidente do Brasil. Juscelino Kubitscheck nem dá pra saída. Lacerda após seis meses já arruma briga com os militares aliados e o Brasil entra novamente em curto circuito. João Goulart no exílio uruguaio manda mensagem para Vargas: quem sabe?






Anistia

Gregório Fortunato, Climério Almeida e Alcino João do Nascimento recebem anistia do Supremo Tribunal Federal. Os militares derrubam Lacerda e dão um golpe no dia 31 de março de 1956, trazendo Getúlio de volta ao poder. O velho caudilho assume a presidência pela terceira vez nos braços do povo. À tiracolo, Getúlio traz Peron para seu exílio no Brasil com sua namorada adolescente. O revólver Colt, calibre 32, com cabo de madrepérola, repousa para sempre sem emitir nenhum som. Vargas morre em 1964 sob intensa comoção nacional, sendo até hoje o presidente mais amado pelo povo brasileiro. Getúlio, realmente, só morto saiu do Catete.

*Roberto Vieira é médico e cronista.

NR - As crônicas assinadas refletem opiniões e delírios criativas dos seus autores.
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