O dia do soldado - 25 de agosto - surge com o nascimento do Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército. Caxias, "O Marechal de Ferro".

Mais Pontual que Relógio Suíço

Foi no Exército - CPOR/Recife - quando vesti uniforme, calcei coturno, entrei em forma- alinhamento perfeito da tropa - que aprendi o significado de um oficial "Caxias". No olhar uma máquina de detectar defeito. Dedo afastado na continência, postura capenga, ausência de vinco na gandola - no meu tempo, goma rala. O "oficial Caxias" presa pela apresentação impecável no lustre do coturno, da fivela do cinto, da barba hiper-bem feita. No rigor do horário. Mais pontual que relógio suíço.

O Brio Brilha mais que o Sol

Saí do Exército, mas o soldado não saiu de mim. Quanto ao horário sou implacável, um minuto de atraso é atraso de vida. Missão dada é missão cumprida. Fazer do pouco, muito. Não desistir da batalha aparentemente perdida. Quando cansar perante o obstáculo, lembrar que temos reservas cujo brio brilha mais que o sol. Se tenho lagosta, basta azeite. Se a única possibilidade é a galinha morta, basta o sangue.

Nazareno sob o manto do Verde Oliva

A lealdade do coração de um soldado vale mais que o luzir da espada. A hierarquia, a disciplina, é céu mais profundo do que todas as estrelas. Nesses conturbados tempos, tempos de guerra, tempos de natureza doente, da Amazônia envenenada, dos indígenas pedindo socorro. Fico com o exemplo do soldado cuja grandeza de espírito no que tange ao meio ambiente, aos povos originários, é um Nazareno sob o manto do verde oliva, Marechal Cândido Rondon. "Morrer se preciso for, matar nunca".


*Romero Falcão, é um cronista que se arrisca a fazer poema torto, autor do livro: Asas das Horas, com prefácio do Prof. José Nivaldo.