A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na manhã de hoje, quarta-feira (03/09) o julgamento da denúncia realizada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

Sala esvaziada

O segundo dia do julgamento da ação penal sobre tentativa de golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro e outras sete pessoas começou com a sala de sessões esvaziada e sem a presença de nenhum dos réus. O ex-ministro e general da reserva Paulo Sergio Nogueira, que foi o único réu a vir ontem e sinalizou que compareceria hoje, ainda não apareceu.

O procurador-geral

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, não participa dessa sessão. Quem representa a PGR hoje é o subprocurador Paulo Vasconcelos Jacobina.

Exposição


O advogado do general, Augusto Heleno, Matheus Milanez, quer fazer uma apresentação com fotos da agenda de Heleno. A intenção é apontar que a denúncia da PGR selecionou trechos descontextualizados das anotações do general, que não teriam sido compartilhadas com mais ninguém. Durante as investigações, a PF encontrou uma agenda de Augusto Heleno, que revelaria o aparelhamento da Abin e um plano para espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas.

Mais tranquilo

A movimentação para o segundo dia do julgamento é mais tranquila do que no primeiro. Na sala de sessões, não há parlamentares ou pessoas do público em geral. Até o momento, só chegaram jornalistas e os advogados de defesa de Bolsonaro, Mauro Cid, Alexandre Ramagem


Julgados

Estão sendo julgados o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus do chamado núcleo 1, ou crucial, que reúne aqueles que são considerados os principais integrantes da suposta organização criminosa denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Acusação

Bolsonaro é acusado pela PGR como "principal articulador, maior beneficiário e autor" das ações voltadas à ruptura do Estado Democrático de Direito para se manter no poder mesmo com a derrota para Lula (PT) em 2022.

Os ministros

A denúncia da Procuradoria-Geral da República é julgada no STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin, presidente do colegiado, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Primeiro dia

Pela manhã, o relator, ministro Alexandre de Moraes, leu o relatório da ação penal, documento que contém o resumo de todas as etapas percorridas no processo, desde as investigações até a apresentação das alegações finais, última fase antes do julgamento.

Defendeu

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação de Bolsonaro e dos demais acusados.

Oito sessões

Foram destinadas oito sessões para análise do caso, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

A votação que vai condenar ou absolver os réus deve começar somente nas próximas sessões. As penas podem passar de 30 anos de prisão.   (O Poder)