
Descoberta de arrepiar no tombamento do legado de Lourenço da Fonseca Barbosa, Capiba
09/09/2025 -
Por Amaro Filho*
Capiba tem me tomado um bom tempo e uma grande responsabilidade. Por outro lado descobertas incríveis e um grande prazer. Algo talvez semelhante a um mestrado, doutorado, quiçá um pós-doutorado.
Desde que
A Fundarpe colocou em pauta o tombamento desse patrimônio, há cerca de um ano, temos nos dedicado a atender às solicitações da Diretoria de Patrimônio da Fundação, especialmente da técnica Kézia Feitosa, relatora do processo junto ao Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco (CEPPC-PE). Só de ontem para hoje já foram seis demandas finais, que servem de base para o relatório — todas devidamente respondidas.
A expectativa
É de que, até sexta-feira, 12/09, o documento siga para o Conselho, que dará seu parecer. Tenho esperança de que o voto seja favorável ao tombamento.

Nesses mergulhos no acervo
Encontro sempre algo que me chama a atenção e que me fez admirar ainda mais Capiba, não só como artista, mas como pessoa e homem da família. Em várias fotografias, há créditos que funcionam como verdadeiras declarações de carinho às sobrinhas e sobrinhos, irmãs e irmãos — um registro do apreço que ele tinha pelos seus parentes.
Uma dedicatória em especial
Me arrepiou: em agosto de 1935, numa publicação sobre o maracatu “É de Tororó” (música de Capiba com letra de Ascenso Ferreira), ele fez questão de dedicar a obra ao pai. Um gesto singelo, mas carregado de afeto e memória, vejam só:
“Ao meu querido pai, a quem devo todo meu sucesso, ofereço esta minha produção que se constitue no meu maior triunfo na vida de compositor”. E assina: Lourenço.
*Amaro Filho é Diretor-Executivo do Instituto Capiba (IC).
Creditos das imagens: Acervo do Instituto Capiba
