Na semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF), condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pela trama golpista, uma aliança eleitoral regional nas eleições de 2026 virou um dos principais entraves para que avance no Congresso o processo de anistia defendido pela oposição.

O cenário

O cenário eleitoral na Paraíba caminha para que o Presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB) e o PT estejam no mesmo palanque no estado em 2026. Ambos devem apoiar o atual vice-governador, Lucas Ribeiro, do PP, na sucessão de João Azevêdo, do PSB, que deve deixar o governo para concorrer ao Senado.

O acordo

O presidente da Câmara, Hugo Motta discute com o PT uma composição para apoiar conjuntamente o atual vice-governador Lucas Ribeiro ao governo do estado. O acordo incluiria também o apoio ao Senado do pai de Motta, Nabor Wanderley (Republicanos), atualmente prefeito de Patos, o reduto eleitoral da família de Hugo Motta.

Motivos

Essa articulação é apontada por aliados de Hugo e também pela oposição como um dos motivos pelos quais o presidente da Câmara não abraça a pauta da anistia.

Receio

Isso porque pesquisas apontam apoio majoritário do eleitor do estado a Lula e Hugo tem receio de que uma postura dele pró-anistia possa ameaçar a aliança e, em especial, o principal projeto do presidente da Câmara em 2026, eleger o pai senador.

Tema

A perspectiva para a eleição teria sido um dos temas discutidos pelo presidente da Câmara com o novo presidente do PT, Edinho Silva, em uma conversa reservada esta semana.

O Poder