
É Findi – O Bairro do Barro, por Carlos Bezerra Cavalcanti*
20/09/2025 -
Assim como o Bairro de Areias teve seu nome originado do solo de seu território, a localidade do Barro deve sua denominação ao “ Barro” vermelho, nela existente. Segundo Pereira da Costa (Arredores do Recife, pag. 41): em 1839, habitantes desse lugar, então constituído por um simples quarteirão, edificaram uma pequena casa de taipa e nela colocaram uma imagem de N.S. da Conceição e, já no natal daquele ano, o Padre José Antônio da Silva, celebrava, na capelinha a primeira missa da localidade.
No Século XIX
Em 1851, o cidadão Antonio Correia Maia, ajudado por moradores da área, passou a construir, em alvenaria, num terreno doado pelo senhor Manoel Joaquim do Rego Albuquerque a atual igreja do bairro, que teve sua sacristia, inaugurada em 1869.
A Freguesia da Conceição do Barro foi criada pelo arcebis-po Dom. Sebastião Leme, em 1915, sendo desmembrada de Afogados, a quem pertencia.
O povoado do Barro, inicialmente “Barro Vermelho”, situado à margem da Estrada Central da Vitória e Gravatá, vem daquela época com a construção do primeiro lance da referida estrada, que teve começo em 1836, a partir da povoação dos Afogados, terminando em Areias. Pertencia, então a povoação a paróquia dos Afogados, cuja sede fica a cinco quilômetros ao sul.
As terras da povoação do Barro pertenciam ao Engenho Peres, proximamente situado, e que era de propriedade do Coronel Manuel Joaquim do Rego Albuquerque, doador do terre-no da igreja, como vimos.
Extinto aquele Engenho, desde muito, ficou a grande zona da fábrica encravada em uma povoação denominada Peres, situada, assim, entre a do Barro aquém, e a de Tejipió, além.
O Engenho Peres foi fundado em fins do século XVII por José PERES Campelo, fidalgo português, tronco da família dos seus apelidos, vindo daí a denominação da fabrica mantida pela povoação”.
Foi na localidade do Barro que os Judeus, através do Centro Israelita de Pernambuco, construíram. o seu cemitério, fundado em 5 de abril de 1927 e inaugurado em dois de junho do mesmo ano.
*Carlos Bezerra Cavalcanti, Presidente Emérito da Academia Recifense de Letras
