O discurso do presidente Lula durante a 80º Assembleia Geral das Nações Unidas repercutiu na imprensa internacional. Durante cerca de 15 minutos, Lula usou o espaço para sair em defesa do multilateralismo, enfatizar a soberania nacional além de criticar conflitos em Gaza e na Ucrânia. O presidente do Brasil também criticou a taxação dos EUA aos produtos brasileiros e sanções à autoridades, incluindo ministros do STF.

O jornal americano The New York Times destacou o tom "duro" do discurso do chefe de Estado brasileiro. Segundo o NYT, a fala de Lula pareceu mirar diretamente no líder americano, Trump, e suas declarações para suspender o processo criminal de Bolsonaro.

O britânico The Guardian noticiou que Lula "lançou uma defesa apaixonada da democracia de seu país", alegando que a recente condenação de seu antecessor, Bolsonaro, mostrou ao mundo como "aspirantes a autocratas" podem ser subjugados. O jornal mencionou uma referência "inconfundível, mas indireta" no discurso de Lula ao governo Trump quanto a uma tentativa de interferência no Judiciário brasileiro.

O espanhol El País destacou: "Sem citar países ou nomes, o veterano Lula abordou a questão em seu discurso, criticando o fato de que "ataques à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais se tornaram a norma".

O argentino Clarin destacou que Lula fez uma "forte defesa da democracia" diante do que considerou um avanço do autoritarismo pelo mundo. O jornal também destacou a fala do presidente sobre Gaza: "Nada justifica o atual genocídio em Gaza". Segundo o Clarin, o presidente deixou clara a posição de seu país em relação à ofensiva de Israel contra o enclave palestino, após o massacre cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.