Em um cenário cada vez mais conectado, o conceito de regionalismo vem se consolidando como um fator estratégico para o setor logístico. Mais do que um movimento de valorização local, trata-se de aproveitar as características, vantagens e particularidades de cada território para tornar operações mais eficientes, sustentáveis e competitivas.
 
Integração
 
Players do setor afirmam que o regionalismo não se opõe à globalização, pelo contrário, se integra a ela.
 
 “A logística é global por essência, mas o regionalismo é o que garante a adaptação necessária para entregar com qualidade e eficiência em cada mercado. É compreender a cultura, a infraestrutura e o comportamento local para potencializar resultados”, afirma o CEO da FTLOG Soluções em Logística, Felipe Trigueiro.
 
Nordeste
 
O especialista destaca que o Nordeste brasileiro é um exemplo vivo desse potencial. Com ativos estratégicos como o Porto de Suape, uma malha rodoviária que conecta estados vizinhos e a instalação de centros de distribuição de grandes empresas, a região vem ganhando relevância como hub logístico.
 
“Quando aliamos infraestrutura, capital humano qualificado e conhecimento de mercado, conseguimos operações mais rápidas, econômicas e sustentáveis”, pontua Trigueiro.
 
Inovação
 
Além de reduzir custos e prazos, o regionalismo favorece a inovação no setor. A proximidade com fornecedores e clientes, somada à compreensão dos desafios locais, permite o desenvolvimento de soluções personalizadas.
 
 “Estar próximo fisicamente e entender a realidade do cliente gera confiança, fortalece parcerias e abre espaço para criar modelos operacionais exclusivos”, explica o executivo.
 
Capacidade
 
Na visão de Trigueiro, a competitividade logística do futuro dependerá da capacidade das empresas de combinar visão global com atuação local. “Saber operar com excelência em um território específico é um diferencial que não se perde. Ele se multiplica quando conectado a uma rede nacional e internacional bem estruturada”, afirma.
 
Chave
 
Para ele, essa combinação entre o local e o global é a chave para uma logística mais inteligente, sustentável e competitiva. “O regionalismo é a ponte que liga a eficiência operacional ao desenvolvimento econômico equilibrado. É nele que encontramos oportunidades únicas para crescer de forma consistente”, conclui.