
Política - Hugo Motta e Alcolumbre cancelam reunião após desgaste com PEC da Blindagem
25/09/2025 -
Após os desgastes causados pela PEC da Blindagem, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiram cancelar uma reunião marcada para discutir o projeto de lei da anistia.
Anunciado
O encontro havia sido anunciado pelo relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), após uma série de encontros com bancadas.
Temem reação
Após o enterro da PEC da Blindagem, no Senado, deputados temem reação semelhante sobre o projeto que alivia penas para os condenados pelos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023 e que deverá beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também com redução de pena.
Avaliam
Nos bastidores, deputados avaliam que a relação com o Senado está ruim, sob acusação de que a Casa descumpriu acordo sobre o avanço da PEC da Blindagem. Segundo interlocutores, Alcolumbre não confirmou se houve compromisso com a Câmara
Imposto e Renda
Em meio a polêmica das duas Propostas, o presidente da Câmara, Hugo Motta, disse que a votação do projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil reais irá acontecer na próxima quarta-feira mesmo que não haja um acordo para a votação do projeto alternativo de anistia a envolvidos em atos golpistas.
”Garanto a pauta do IR para quarta-feira. Não há vinculação dessa pauta com nenhuma outra. A matéria está madura depois de ter passado na comissão especial, depois de ter a urgência aprovada por unanimidade, depois de o relator ter ido ao colégio de líderes explicar o relatório.
Conversou
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, conversou hoje com Motta e ouviu do presidente da Casa que não há possibilidade de a isenção do IR não ser votada na próxima semana.
O relator
O relator do texto do IR é o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). A ampliação da faixa de isenção deve impactar cerca de 10 milhões de brasileiros. A elevação da renda de corte para R$ 5 mil era uma promessa de Lula desde a campanha de 2022 e tem peso estratégico para a popularidade do petista às vésperas das eleições de 2026. (O Poder)