Aa principais estrelas do ato, programado para as 18h desta sexta-feira, 26/09, em Salvador, são simbolos da luta contra o regime militar. O sociólogo Edival Nunes Cajá, ex-preso politico na ditadura e integrante do Comitê Central do Partido Comunista Revolucionário - PCR, que vai falar sobre Manuel Lisboa, Emanuel Bezerra, Amaro Luís de Carvalho - Capivara, Manoel Aleixo - Ventania, e outros dirigentes e integrantes do PCR que foram assassinados nos 'Anos de Chumbo'. Também falará a vereadora licenciada de Salvador e atual presidente da Funarte, Maria Marighela, neta do legendário militante Carlos Marighela, tema inclusive de um filme disponível nos canais Telecine.

Cajá

O sociólogo paraibano radicado no Recife, participou dos movimentos liderados por D Helder Câmara, na década de 1970. Foi coordenador do Comitê Verdade, Memória e Justiça de Pernambuco o integra a direção do PCR, única organização política nascida no enfrentamento à ditadura e que atua até hoje com fidelidade aos seus princípios originais. Edival Nunes da Silva foi sequestrado, torturado e mantido em solitária quando ainda era estudante da Ufpe. Último preso político libertado depois de promulgada a Lei da Anistia, em 1979, o episódio da prisão de Cajá – como o sociólogo era e é conhecido, aliás, incorporou o nome – teve ampla repercussão: Dom Helder Câmara partiu em sua defesa, 12 mil alunos da universidade entraram em greve e Elis Regina o homenageou em dois shows. Caja foi deputado federal abrigado na legenda do MDB, nos anos 1980.

Maria

Maria Fernandes Marighella (Salvador, 16 de janeiro de 1976) é atriz e política. Foi eleita vereadora no município de Salvador em 2020, mas se licenciou do cargo para assumir a presidência da Funarte. É também conhecida por ser neta do guerrilheiro Carlos Marighella, de quem herda o sobrenome.