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É Findi - Por que não? - Crônica, por Ana Pottes*

27/09/2025 -

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Inícios, términos, reinícios: um eterno vai e vem renovando a existência em mudanças, às vezes perenes e em outras drásticas, interrompendo caminhos e desenhando outros bem diferentes do que imaginávamos. É assim a vida e, segundo o poeta, é bonita, é bonita e é bonita!

Hoje, sem vergonha de ser feliz, são construídos outros espaços, distantes daqueles que, há cerca de seis décadas eram impostos aos sessentões. Sentimentos de como a vida se fora sem deixar recados e nem avisos da partida. Mais ou menos por ali, surgia um povo novo, vestido em roupas coloridas, cabelos soltos e seguindo vendavais, bradando aos quatro cantos do mundo: Eu vou! Por que não? Jovens sem senso a subverterem a ordem natural do mundo.

Hoje existimos em outra organização social, ainda preconceituosa, a derramar a acidez do etarismo sobre os de maior idade. Aqueles que a tempos atrás aprenderam a ser e a ter voz e vez, agora ignoram as caixinhas prontas e não compram essa tal narrativa limitante por saberem que não lhes pertence. Seguem e permanecem quebrando barreiras, mesmo que as cabeleiras já não guardem tantos volumes, tamanhos ou cores e os corpos tenham outros contornos. Contudo, as mentes continuam martelando o mantra: Eu vou. Por que não?

As mudanças são em coisas simples, como descobrir e assumir novos hobbies, estampando para seus pares interesses, desenvolvendo outras habilidades e construindo relações. Safanões dados no arvoredo da vida, derrubam crenças limitantes tais como: se contentem com os prazeres da alma pois os do corpo...; vocês não consegue mais aprender, seus os neurônios envelheceram e são incapazes de outras conexões e ainda, que a cadeira de balanço é o melhor local para descansar o corpo. Mas que nada!

Programa perfeito é uma boa caminhada por trilhas da vida ou entardecer junto ao mar, assistindo ao recolhimento do Rei.

Em visita a um amigo muito querido, tive a grata surpresa de saber que está cursando um outro terceiro grau e já em vias de concluir. Um jovem em plena idade e mente extraordinária, cuja vida profissional de sucesso foi encerrada há duas décadas. Recomeçando? Por que não? Um caso raro? Uma exceção? O certo é que esse é o tempo de surgir dinâmicas singulares a estabelecer laços, amizades que se conectam em grupos de canto, dança, de pintura, teatro, escrita, viagens, aventuras e explorações do novo. Caminhos por onde a mente, o corpo e as emoções são ativadas e reativadas em uma constância saudável, acolhedora e de interações com a essência de viver.

Volto aos poetas e creio que aquela vergonha de ser feliz foi lançada em um buraco sem fundo. Assumindo a certeza de um eterno aprendiz, esta geração de sessentões, setentões e todos os outros o?s seguintes, assinam que a vida é bem melhor hoje, sem lenço e sem documento, sem nada no bolso ou nas mãos, seguindo com a compreensão de que a felicidade está aqui, o futuro no agora e que é nesse instante no qual inspiro e expiro que a vida se faz.

Por que não?


*Ana Pottes, psicóloga, gosta de escrever crônicas, contos e poemas sobre as interações emocionais com a vida. Autora do livro de poemas: Nem tudo são flores, mas... elas existem!

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