
Serasa Aponta: Pernambuco alcança 3,5 milhões de inadimplentes em agosto
29/09/2025 -
Pernambuco vem registrando um total cada vez mais alto de pessoas endividadas. Segundo dados da Serasa, em agosto deste ano, 3,5 milhões de pernambucanos estavam inadimplentes e o número de dívidas chegou a 10 milhões. Isso representa o valor total de R$ 18 milhões em dívidas, em atraso ou não, no período. Em agosto deste ano, Pernambuco registrou 3.588.749 pessoas em situação de inadimplência. Esse número representa 49.73% da população adulta do estado. Na comparação com o mês anterior, quando o estado tinha 3.581.804, o crescimento de inadimplentes no estado foi de 0,19% (+6.945). Já no comparativo em relação a agosto de 2024, essa alta foi de 7,6%, um salto de 253.315 pessoas inadimplentes a mais no estado. A economista da Estácio, Rita Pedrosa, explica que essa situação ocorre diante de um cenário de juros elevados e com a manutenção da Selic em 15% ao ano, um dos maiores patamares dos últimos anos. Esses fatores encarecem o crédito e dificultam a renegociação. “Além disso, o peso do uso do cartão de crédito, principal fonte de dívidas com taxas entre as mais altas do mercado, agravam essa situação”.

Dívidas e Ticket Médio
Ainda de acordo com o levantamento, os pernambucanos somaram o total de 10.840.881 de dívidas em agosto deste ano. Essa quantidade chega ao montante de R$ 18.546.581.858,00. Em relação ao ticket médio por inadimplente o valor chega a R$ 5.167,98. Já por dívida, o ticket médio chega a R$ 1.710,80. Sobre os altos valores do ticket médio em dívidas, que vão além do valor do salário mínimo atual, a explicação para isso é que que raramente o inadimplente tem apenas uma dívida. Um outro sinal de que a situação financeira está piorando é a dificuldade em pagar as contas no prazo, mesmo que os pagamentos ainda não estejam atrasados. Além disso, as dívidas com prazos longos, que prendem o orçamento por mais de um ano, também representam um risco, já que a pessoa fica mais exposta a crises econômicas. A economista aponta que a situação é um alerta de riscos de estagnação econômica, que vem ocorrendo também no contexto nacional.